Resumindo a Notícia
- Cientistas russos e pesquisadores sul-africanos querem salvar rinocerontes com radioatividade
- A ideia é injetar material radioativo no chifre dos animais para combater a caça ilegal
- Como o material é facilmente rastreável, caçadores podem ser presos
- Pesquisas ainda precisam ser concluídas para avaliar quantidades seguras do material
Plano bizarro tentará salvar animais da caça ilegal
PixabayCientistas russos propuseram a bizarra ideia de injetar material radioativo nos chifres de rinocerontes para evitar a caça ilegal. A ideia é de pesquisadores de energia nuclear da empresa russa Rosatom e de ambientalistas sul-africanos.
O plano, chamado The Rhisotope Project, consiste em injetar isótopos de radioatividade no chifre dos animais, o que facilita o rastreamento deles e ainda tenta inutilizar o pedaço do animal para fins medicinais.
Autoridades da África do Sul enfrentam problemas para patrulhar grandes áreas do país e combater dezenas de caçadores ilegais. Tirar o potencial econômico da caça pode ser a solução para acabar com a prática.
Mas antes de tornar o chifre dos animais um componente nuclear, alguns estudos precisam ser concluídos, uma vez que cientistas ainda querem ter certeza que as substâncias não prejudicam nem os rinocerontes e nem os animais que eles mantêm contato.
"Se o tornarmos [o chifre de rinoceronte] radioativo, pessoas ficaram reticentes em comprá-los. Dessa forma, toda a cadeia de abastecimento e compra será afetada", afirmou James Larkin, da Universidade de Witwatersrand em Joanesburgo, em entrevista a Bloomberg.
Segundo o pesquisador, sensores instalados nas fronteiras e em aeroportos podem detectar facilmente material radioativo.
Centenas de mortes
Caso o plano dê certo, os cientistas planejam um passo ainda mais ambicioso: salvar os elefantes.
Da mesma forma que nos rinocerontes, uma quantidade segura de radioatividade nos chifres dele pode frear o centenário comércio ilegal de marfim.
Assim como os elefantes, rinocerontes enfrentam perigos de extinção. Segundo dados oficiais, 394 elefantes foram mortos ilegalmente na África do Sul em 2020.
No momento, o país abriga a maior população mundial da família dos rinocerontes (Rhinocerotidae), com cerca de 20.000 integrantes.
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