Ele tentou dar um nó na Justiça, mas falhou
Reprodução/Penitenciária Estadual de IowaBenjamin Schreiber, 66 anos, foi condenado à prisão perpétua por assassinar alguém. Mas em 2015, o prisioneiro desmaiou na cela e os médicos precisaram reanimar o coração dele cinco vezes. Na visão de Schreiber, a pena dele deveria se encerrar ali.
No argumento do prisioneiro, que se recuperou na ala médica da Penitenciária Estadual do Iowa, como ele chegou a morrer durante o processo, a sentença dele deveria ter morrido junto.
Mas os juízes não se convenceram da retórica de Schreiber, ao dizer que morrer por um breve período de tempo não é o mesmo que morrer.
Numa decisão emitida em novembro de 2019, a Corte de Apelações do Estado afirmou que ele só pode sair de lá morto para sempre.
O próprio recurso do prisioneiro é considerado ilógico, uma vez que um morto não pode entrar com pedido de liberdade, argumentou Amanda Potterfield, juíza de Iowa.
Preso por assassinato
Benjamin Schreiber foi preso em 1996, acusado de matar John Dale Terry. Segundo a acusação, ele conspirou com a namorada de Terry para matá-lo.
No ano seguinte ele foi condenado à prisão perpétua, sem liberdade condicional.
O motivo do desmaio e consequente quase-morte foi um envenenamento séptico, causado por cálculos renais gigante, que faziam a urina vazar dentro do corpo dele.
Em 2018, ele tentou se livrar da pena em um tribunal de primeira instância, argumentando que havia morrido. Na petição, ele teve a ousadia de afirmar que o aprisionamento dele "era ilegal". No ano seguinte, o caso chegou a uma corte de segunda instância, onde também foi rejeitada.
"Não acreditamos que a legislatura pretendia que esta disposição (...) libertasse os réus criminais sempre que procedimentos médicos durante seu encarceramento levassem à sua ressuscitação", afirmou a juíza Potterfield.
Schreiber continua preso e ainda não deu sinais que vai tentar a manobra judicial de novo.
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