Privada milenar encontrada em Jerusalém revela doença antiga e medonha
Pesquisadores detectaram diversos parasitas nas fezes fossilizadas de uma antiga família rica que morava na região
Hora 7|Matheus Borges*, do R7
Um vaso sanitário de mais de 2.500 anos de idade foi descoberto por arqueólogos nas ruínas de Jerusalém. A laje de calcário, com um orifício no meio, ficava no que os pesquisadores acreditam ser uma antiga mansão de uma família rica da região.
O achado mostra que os povos mais antigos também se importavam com o saneamento nas cidades, mas ainda eram afetados por doenças graves devido à falta de higiene. Foram encontradas evidências da doença Giardia duodenalis, mais conhecida como disenteria.
Os parasitas causadores dessa infermidade provocam diarreia, cólicas abdominais e perda de peso. E afetam principalmente as crianças, podendo prejudicar seu desenvolvimento e crescimento.
O estudo mostrou ainda que ovos de mais quatro tipos de parasitas intestinais – tênia, oxiúros, lombriga e whipworm – estavam presentes nas fazes quase fossilizadas das pessoas que moravam no local.
Principal autor da pesquisa, o Dr. Piers Mitchell afirma que disenteria é transmitida por fezes que contaminam a água potável ou os alimentos.
"Suspeitamos que pode ter sido um grande problema das primeiras cidades do antigo Oriente Próximo devido à superlotação, calor e moscas, e água limitada disponível no verão”, completa Mitchell.
*Sob supervisão de Raphael Hakime
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