Tanques e soldados russos estão nas ruas da Ucrânia
ANATOLII STEPANOV / AFP - 24.02.22A hipótese de o conflito entre Rússia e Ucrânia eclodir uma guerra mundial é pouco provável. O jogo de tabuleiro escolhido por Putin é bem específico. Ele não quer avançar, mas recuperar territórios.
A Rússia não quer, nem vai, nem pode, chamar a Otan para um confronto final. Os impérios asiáticos estão bem mais interessados em consolidar suas fronteiras geopolíticas (e econômicas) do que espezinhar uma Europa combalida e os EUA atordoados com a pior geração de diplomatas de sua história.
Mas guerra é guerra. Muitos sofrem e outros tantos pagarãom com a vida — majoritariamente cidadãos inocentes e jovens soldados. São esses que sempre estão na linha de frente — avatares das ambições e desumanidades dos déspotas de gabinete surgidos após a 2ª Guerra Mundial.
Tudo indica que os russos sairão militarmente vitoriosos. Não há força bélica no mundo disposta a apartar essa briga de vizinhos. Sanções comerciais estão previstas, todos sabem, então não haverá surpresa para nenhum dos lados.
O que pessoas sensatas deveriam esperar é que a ocupação seja feita de forma rápida, com o mínimo de baixas possíveis. Difícil imaginar que soldados americanos, ingleses ou franceses se juntem a essa carnificina.
Já não se fazem mais guerras como antigamente. Que bom.