Biden anunciou medidas dos EUA para luta climática
Tom Brenner/Reuters - 22.4.2021Os EUA querem reduzir pela metade a emissão de gases de efeito estufa, um fator importante para o aquecimento global, até o fim da década, anunciou o presidente Joe Biden durante a cúpula do clima desta quinta-feira (22).
Veja o que os líderes falaram na abertura da Cúpula do Clima
Em discurso, Biden disse que os EUA vão investir na criação e manutenção de empregos ligados à economia verde e sustentável, incluindo limpeza de minas de carvão, engenharia e investimento na linha de produção de carros elétricos.
O presidente também enfatizou que os líderes das maiores economias do mundo, e que, consequentemente, são alguns dos maiores poluentes, precisam agir agora.
"O tempo é curto, mas eu acredito que nós podemos fazer isso, e nós vamos fazer", anunciou.
Segundo o presidente americano, a luta pelo clima é um "imperativo econômico e moral". Ele destacou que os custos para cuidar de uma economia sustentável são altos, mas que os países que liderarem a mudança poderão ser os mais beneficiados à longo prazo.
A cúpula do clima foi convocada pelo próprio Biden, que tenta colocar os EUA na liderança da luta contra o aquecimento global, tema ignorado por Donald Trump em seus quatro anos de mandato.
Segundo a comunidade científica, apenas metas mais ambiciosas podem limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, objetivo estabelecido pelo Acordo de Paris e considerado pouco agressivo por ambientalistas.
"Precisamos agir, todos nós, e essa cúpula é o primeiro passo nesse caminho que vamos percorrer juntos até Glasgow [sede da COP26]", disse Biden, acrescentando que "nenhuma nação pode resolver essa crise sozinha".
Organizada em menos de três meses, a cúpula climática reúne mais de 40 líderes mundiais para dois dias de debates, incluindo os presidentes Jair Bolsonaro, Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia) e Emmanuel Macron (França) e os primeiros-ministros Mario Draghi (Itália), Narendra Modi (Índia) e Yoshihide Suga (Japão), entre outros.
"Os sinais são inequívocos e inegáveis, e os Estados Unidos não vão esperar", ressaltou Biden.