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Capriles exige que venezuelanos saibam se Chávez tomará posse

Internacional|

Caracas, 8 jan (EFE).- O ex-candidato à presidência da Venezuela e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, exigiu nesta terça-feira que o governo informe se o presidente Hugo Chávez, que permanece em Cuba após uma nova operação, poderá assumir um novo mandato de seis anos na próxima quinta. "Lamento muito que o governo, a 48 horas (da data da posse), não seja capaz de dizer aos venezuelanos se o presidente Chávez vai tomar posse ou não", afirmou Capriles em uma entrevista coletiva. Capriles disse que por mais "dura que seja", o Executivo deve falar a verdade à população. "A mentira sempre terá tempo contado, porque sempre no final conheceremos a verdade", filosofou. O presidente da Venezuela está internado em Cuba desde 11 de dezembro, quando foi operado de um câncer. O governo informou que o quadro de Chávez é estável e que ele segue recebendo tratamento para superar uma insuficiência respiratória ocasionada por uma infecção pulmonar. As chances do líder estar presente na Venezuela no ato da posse é praticamente nula, embora o governo ainda não tenha descartado essa possibilidade. Capriles também criticou os atos organizados para quinta-feira pelo governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e a convocação de líderes da região para participar destes eventos, pois segundo ele isto significa "aprovar um problema que há na Constituição, uma interpretação que o governo quer dar à Constituição". O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, anunciou ontem que na quinta-feira haverá atos em defesa de Chávez em frente ao Palácio de Miraflores, nos quais se espera a presença de líderes de vários países. "Com o maior respeito a todos os presidentes de nossa América Latina, eu peço aos presidentes que não se prestem ao jogo político de um partido político", questionou o líder opositor, derrotado por Chávez nas eleições de 7 de outubro. Capriles pediu especificamente aos presidentes do Equador, Rafael Correa; Colômbia, Juan Manuel Santos; Argentina, Cristina Kirchner; Brasil, Dilma Rousseff, e Bolívia, Evo Morales, que "não se prestem" ao jogo político do partido de Chávez. O opositor defendeu a aplicação do que o próprio Chávez instruiu antes de partir para Cuba. "As palavras do presidente em dezembro foram claras: perante qualquer ausência deve se cumprir a Constituição, essas foram as palavras do presidente da República", afirmou. Capriles argumentou que a Constituição é "clara" ao estabelecer que em caso de ausência do chefe de Estado deve assumir o presidente da Assembleia Nacional. O governador de Miranda afirmou que a lei deve ser cumprida independente da opinião de cada um, mas que pessoalmente ele acredita que Cabello "seria uma desgraça para o país". O opositor condenou "discursos" que destilam "divisão, confronto, ódio" e disse que a Venezuela precisa colocar de lado "todas essas vozes radicais". Capriles lembrou que há exatamente um mês o país soube pelo "próprio presidente" que ela viajaria para Cuba para uma nova cirurgia. "Desde essa data não tivemos nenhuma outra palavra, nenhuma outra informação por parte do próprio presidente, mas apenas informações dadas pelo governo", reclamou o dirigente. EFE lb-jlp/dk (fotos)(vídeo)

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