Agentes da Diretoria Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM) da Venezuela realizaram uma operação de busca e apreensão na residência de Juan José Márquez, tio do líder da oposição, Juan Guaidó. O parente do opositor está preso desde o último dia (11), quando desembarcou no paíscom materiais proibidos.
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Joel García, um dos advogados do detido, afirmou que ele foi impedido de acompanhar a ação, mas que outro dos responsáveis pela defesa de Márquez, Gustavo Limongi, conseguiu entrar para garantir a integridade do imóvel.
De acordo com García, ao todo, foram oito homens da DGCIM que realizaram a operação após apresentar mandado judicial, que resultou na apreensão de documentos, aparelhos celulares e notebooks. Um promotor do Ministério Público acompanhou o trabalho.
Guaidó utilizou sua conta no Twitter para falar sobre as buscas na casa do tio e garantiu que se trata de uma tentativa de intimidação por parte do governo de Nicolás Maduro.
"A ditadura covarde está revistando a casa do meu tio Juan Márquez. Com órgãos repressivos e de perseguição, buscam seguir a farsa em que ninguém acredita. Se pensam que vamos recuar nas ações que estamos tomando e vamos tomar, estão errados", disse o opositor, reconhecido como presidente da Venezuela por cerca de 50 países.
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O familiar de Guaidó foi detido na terça-feira, quando desembarcou em Caracas, em voo da companhia aérea portuguesa TAP, vindo de Lisboa, em que também estava o sobrinho, após 23 dias de viagem em países como Estados Unidos, Reino Unido e Colômbia.
Primeiro, Márquez foi retido por funcionários aduaneiros, que teriam detectado a presença de explosivos sintéticos, coletes à prova de balas e um plano, em inglês, para cometer atentados na Venezuela, o que a defesa do tio de Guaidó alega ser uma armação.