Algumas atividades em Israel só serão permitidas para quem já se vacinou
Amir Cohen/Reuters - 24.2.2021Algumas centenas de israelenses protestaram na noite de quarta-feira (24) em Tel Aviv contra as medidas do governo para estimular a vacinação, que a partir desta semana incluem um passe verde que permite o acesso a certos locais e atividades apenas para os vacinados contra covid-19.
O protesto aconteceu na Praça Habima, em Tel Aviv, em frente a um icônico teatro e justamente no dia em que o município organizou o primeiro "Concerto do Passe Verde", no qual só podiam entrar aqueles que haviam recebido as duas doses da vacina há pelo menos uma semana.
Alguns dos manifestantes exibiram cartazes acusando o governo de instalar um regime de apartheid que marginalizará aqueles que não querem ser vacinados, e outros até compararam o passe verde às marcas que os judeus tiveram que usar na Alemanha nazista.
De acordo com a imprensa local, o protesto reuniu vários grupos, em sua maioria marginalizados, e alguns deles negam não apenas a eficácia da vacina, mas também o perigo do coronavírus.
No entanto, sua reivindicação representa um setor significativo da sociedade, que inclui múltiplas ONGs e até mesmo acadêmicos, que expressaram preocupação com o avanço do governo nas liberdades individuais da população no esforço de vacinar o maior número possível de pessoas.
Além da introdução do passe verde, o Parlamento aprovou ontem uma lei que autoriza o envio de listas de pessoas não vacinadas às autoridades locais, e uma comissão parlamentar deu sua aprovação inicial a uma medida que permitiria aos israelenses que chegassem do exterior se isolarem em casa, em vez de em hotéis, mas com a condição de usar uma pulseira eletrônica para monitorar seus movimentos.