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Chefe do grupo mercenário acusa militares russos de fugirem dos combates na Ucrânia

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo paramilitar, já ameaçou retirar sua tropa do campo de batalha

Internacional|Do R7

Yevgeny Prigozhin, líder paramilitar, continua esbravejando contra a Rússia
Yevgeny Prigozhin, líder paramilitar, continua esbravejando contra a Rússia

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner acusou nesta terça-feira (9) soldados do exército oficial de Moscou de fugirem de suas posições em Bakhmut, cidade onde os combates se concentram no leste da Ucrânia, e o Estado de ser incapaz de defender a Rússia.

O fundador do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, está em conflito aberto com a hierarquia militar russa, a quem acusa de não fornecer munição suficiente aos seus combatentes que estão na linha de frente em Bakhmut.

"Hoje [terça-feira], uma das unidades do Ministério da Defesa fugiu de um de nossos flancos (....) Eles abandonaram suas posições, todos fugiram", acusou Prigozhin em um vídeo postado no Telegram.

"Por que o Estado não consegue defender o país?", disse ele no momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, preside um desfile militar em Moscou para comemorar a vitória contra os nazistas em 1945.


Na semana passada, o chefe do Wagner ameaçou retirar seus homens de Bakhmut até 10 de maio se o Estado-Maior não entregasse a munição solicitada.

No domingo, ele afirmou ter recebido uma "promessa" do exército de que receberiam suprimentos suficientes, o que parecia descartar a retirada de seus combatentes de Bakhmut.


Mas, nesta terça-feira, Prigozhin reiterou sua ameaça de retirar seus mercenários, porque disse que eles não tinham munição suficiente, alegando que Wagner recebeu apenas "10%" do que pediu.

Em suas declarações, porém, ele afirmou que não vão abandonar Bakhmut e que ficarão por alguns dias. "Vamos lutar, apesar de tudo, vamos conseguir", disse ele.

Além disso, Prigozhin acusou a hierarquia militar russa de querer "enganar" Putin sobre a ofensiva na Ucrânia. "Se tudo for feito para enganar o comandante-em-chefe [Vladimir Putin]", o povo russo "ficará furioso se perder a guerra", afirmou.

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