Profissional de saúde testa homem para a Covid-19 em Pequim
Noel Celis/AFP - 18.12.2021O número de casos de Covid-19 na China atingiu, nesta segunda-feira (17), o nível mais alto desde março de 2020, enquanto o país se esforça para erradicar a variante Ômicron, altamente contagiosa, a três semanas da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.
Nesta segunda, 223 novos casos foram reportados na China, dos quais 80 na cidade portuária de Tianjin, atingida pelo vírus, e outros nove, incluindo casos da variante Ômicron, em Guangzhou, no sul do país.
Outros 68 casos foram relatados na província central de Henan, onde medidas de confinamento parcial e uma campanha massiva de testes foram implementadas para vários milhões de moradores.
Em Zhuhai, na fronteira com Macau, os moradores devem evitar sair da cidade depois da detecção de casos de Ômicron. Toda a cidade será testada a partir de hoje e as escolas foram fechadas.
Enquanto isso, na cidade histórica de Xi'an, no norte do país, as novas infecções diminuíram drasticamente após quase um mês de confinamento.
Outros 60 novos casos importados também foram registrados nesta segunda-feira, já que a China mantém controles rígidos de entrada na fronteira, como a redução do número de voos e uma política de "interruptor de circuito", na qual as rotas são interrompidas se o número de infecções importadas é muito alto.
Atletas e representantes já começaram a chegar à capital chinesa antes dos Jogos, entrando imediatamente em uma bolha rigidamente controlada que os separa do restante da população.
Depois que um caso local de Ômicron foi detectado em Pequim no fim de semana, as autoridades reforçaram as regras para as pessoas que chegam à capital de outras partes da China.
Pequim agora exige um teste negativo antes da viagem e um teste de acompanhamento após a chegada, com os moradores instados a não deixar a cidade durante o próximo feriado do Ano-Novo Lunar.
Uma mulher infectada não saiu de Pequim e não teve contato com outras pessoas infectadas, disseram as autoridades de saúde, que testaram cerca de 13 mil pessoas que vivem ou trabalham na mesma área. Alguns pontos turísticos da capital também foram fechados.
A China, onde o vírus surgiu pela primeira vez no fim de 2019, se apega a uma política draconiana de tolerância zero ao coronavírus, enquanto o resto do mundo reabre suas fronteiras.
Mas essa política foi posta à prova nas últimas semanas, com vários surtos de contaminação em todo o país.