Foto tirada em 10 de junho, quando centenas foram à praia de Miami
Giorgio Viera/EFEA Flórida, nos Estados Unidos, supera neste sábado (20), pelo terceiro dia consecutivo, seu registro de casos diários confirmados de covid-19 desde 1º de março, com 4.049 registros. Com isso, o número total subiu para 93.797, destes, 3.144 foram fatais.
O estado somou mais de 11.000 casos nos últimos três dias: 3.207 na quinta-feira, 3.822 na sexta-feira e 4.049 nas últimas 24 horas, de acordo com um comunicado do Departamento de Saúde da Flórida.
A maioria dos casos ocorre n, especialmente na região sudeste, principalmente no condado de Miami-Dade, que registrou 24.607 casos e 874 mortes.
Já em Broward 10.561 casos foram detectados e 370 pessoas morreram. O condado de Palm Beach teve 10.380 pessoas diagnosticadas com covid-19 e outras 468 morreram.
Desde 1º de março, 1.562.280 testes para a covid-19 foram realizados em toda a Flórida - que tem 21 milhões de habitantes. Destes, uma média de 5,7% tiveram resultado positivo. No entanto, nas últimas semanas, o percentual de 5% registrado em meados de maio dobrou para 10%.
Além disso, 12.774 pessoas tiveram que ser hospitalizadas pelo vírus.
Por outro lado, o site de Rebekah Jones, criadora da página oficial da Flórida e demitida, segundo ela, por questionar a falta de transparência na divulgação dos dados sobre a covid-19, contabiliza 97.346 casos e 3.197 mortes causadas pela doença.
Jones, que se baseia em dados oficiais, também calcula que 24.692 pessoas se recuperaram da covid-19. Ela também atualiza o número de leitos disponíveis nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) a cada meia hora. A quantidade era de 1.453 até o meio-dia de hoje.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, argumenta que o aumento de casos é resultado de mais testes e destaca que, à medida que a pandemia avança, os casos positivos entre os jovens estão subindo "dramaticamente".
Ele explicou que a idade média das pessoas infectadas com o novo coronavírus passou de 60 para 37 anos na semana passada e continuará caindo.
Nesse sentido, o governo lembra que seu foco tem sido a proteção da população acima de 65 anos, a mais vulnerável à doença, e que os recém-diagnosticados têm menos probabilidade de precisar de hospitalização.
No entanto, até hoje, 1.653 pessoas morreram nos centros geriátricos da Flórida, óbitos que incluem residentes e funcionários que cuidam deles. Ou seja, mais da metade das mortes registradas no estado.
Apesar do avanço da pandemia, a Flórida passa por um processo de reabertura. O turismo, que apoia a economia local, busca decolar em meio aos poucos turistas e ao adiamento, até 15 de setembro, da permissão de viagens em cruzeiros a partir de portos nos Estados Unidos.
Com 10,7% menos turistas no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período em 2019 e desemprego que atingiu 14,5% em maio, a Flórida está avançando para a segunda fase de reativação da economia com dificuldades para impor as medidas de distanciamento e uso de máscaras.