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Combate à nuvem de gafanhotos é paralisado por segurança 

Mau tempo, com fortes ventos e chuvas, pode colocar em risco a segurança dos técnicos que irão aplicar o produtos com ajuda de um pequeno avião

Internacional|Do R7

Para garantir a segurança dos técnicos aplicadores, trabalho foi paralisado
Para garantir a segurança dos técnicos aplicadores, trabalho foi paralisado Para garantir a segurança dos técnicos aplicadores, trabalho foi paralisado

As atividades de controle da nuvem de gafanhotos programadas para esta quarta-feira (1º) precisaram ser suspensa por causa dos fortes ventos e da chuva que atingem a região. Segundo o Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar) da Argentina, a ação foi adiada para garantir a segurança dos aplicadores, que utilizarão um pequeno avião.

Leia mais: Nuvem de gafanhotos: o que se sabe sobre ameaça à agricultura que se aproxima do Brasil

Por outro lado, o frio e a chuva também dificultam grandes deslocamentos da nuvem da praga, que está localizada na zona rural da província de Corrientes. Na terça-feira, a equipe liderada pelo engenheiro agrônomo Guillermo Fernández, integrante do Senasa, precisou utilizar cavalos para poder chegar ao local por causa da má condição das estradas.

A nuvem de gafanhotos surgiu no Paraguai e migrou para a Argentina. As nuvens costumam acontecer quando o número de membros da população tem um salto exagerado e falta comida na região, fazendo com que todos saiam atrás de alimento. Uma nuvem pode ter até 40 milhões de insetos, como informam as autoridades argentinas.

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No domingo (28), a Argentina fez o terceiro ataque contra a nuvem de gafanhotos. Na ocasião, os ataques anteriores da Argentina mataram 15% da população de gafanhotos na nuvem. 

Existia um grande risco dos gafanhotos chegarem até o Brasil pela fronteira com o Rio Grande do Sul, mas a frente fria que chegou ao país durante o final de semana pode manter os insetos longe, já que eles preferem temperaturas mais quentes.

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Gafanhotos mortos após aplicação de veneno na Argentina
Gafanhotos mortos após aplicação de veneno na Argentina Gafanhotos mortos após aplicação de veneno na Argentina

Do outro lado da fronteira

O Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola) entregou nessa terça-feira (30) ao Ministério da Agricultura o texto de um plano nacional permanente contra pragas de gafanhotos no Brasil.

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O material vinha sendo elaborado desde a última semana, a pedido do próprio ministério, e agora deve ser avaliado pelos técnicos do órgão para compor uma estratégia oficial definitiva.

Nesta quinta (2), haverá a videconferência entre entidades aeroagrícolas e representantes dos ministérios da Agricultura do Brasil, Argentina e Uruguai. As autoridades irão conversar e trocar informações sobre a crise atual e uma possível articulação para ações em conjunto.

De acordo com o fiscal agropecuário Juliano Ritter, da Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul, o vento na terça-feira mudou para sentido sudoeste, com rajadas de 20 quilômetros por hora. "Bem em direção ao estado". Segundo ele, a sorte está na temperatura mais baixa, que diminui a mobilidade dos gafanhotos. "É o que está nos ajudando", completa.

Segundo o professor Mauricio Paulo Batistella Pasini, doutor em Entomologia e pesquisador da Unicruz (Universidade de Cruz Alta), o mau tempo não elimina os gafanhotos.

"A chuva apenas impede a migração. Os gafanhotos ficam onde estão e voltam a migrar depois que a chuva passa. O que elimina os insetos é o frio. A partir de cinco graus, já eliminaria alguns indivíduos. Mas, para o clima acabar com a nuvem, seria preciso frio abaixo de zero", afirma.

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