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Confusão durante protestos em Cali, na Colômbia, deixa 3 mortos

População ocupa as ruas das principais cidades do país para se manifestar contra o governo do presidente Iván Duque

Internacional|Da EFE

Manifestantes ocupam as ruas das principais cidades colombianas contra o governo de Duque
Manifestantes ocupam as ruas das principais cidades colombianas contra o governo de Duque Manifestantes ocupam as ruas das principais cidades colombianas contra o governo de Duque

Três pessoas morreram nesta sexta-feira (28) em uma confusão durante mais um dia de protestos em Cali, na Colômbia, o epicentro das manifestações contra o presidente Iván Duque.

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"Três pessoas, infelizmente, morreram. Manifesto às suas famílias minha solidariedade e minhas condolências. Esta situação ocorreu entre aqueles que bloquearam as vias e aqueles que queriam passar. A briga trouxe esta situação louca de morte e dor", declarou o prefeito de Cali, Jorge Iván Ospina, em um vídeo divulgado pelo seu gabinete.

Os crimes foram cometidos no bairro de La Luna, na região central da cidade, e uma das áreas mais violentas desde que os protestos começaram, há um mês.

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Um integrante do grupo "Primeira Linha", como são conhecidos os jovens que estão com escudos na frente das manifestações, declarou à Agência Efe e a outros veículos de imprensa que um homem que foi impedido de passar em um ponto de bloqueio puxou uma arma e começou a atirar.

Isso desencadeou um confronto no qual, segundo o jovem, o homem, que era aparentemente um funcionário da Procuradoria Geral, conforme os documentos que portava, continuou disparando enquanto as outras pessoas que estavam no local responderam com pedras e depois o lincharam até a morte.

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"Não podemos permitir que tais circunstâncias continuem ocorrendo em Cali, não podemos cair na tentação da violência e da morte. Pelo contrário, justiça e diálogo são dois conceitos que deveriam estar funcionando e são complementares", considerou Ospina sobre o que teria acontecido.

O diretor da Human Rights Watch para as Américas, José Miguel Vivanco, expressou preocupação com o que aconteceu em Cali e no município de Madri, perto de Bogotá, onde também houve fortes distúrbios desde o início da manhã.

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"Confirmamos duas mortes em Cali no contexto dos protestos: um manifestante e um investigador do CTI (Corpo Técnico de Investigação da Procuradoria Geral). Eu convoco urgentemente para dar fim a essa situação", escreveu Vivanco no Twitter.

Dia de protesto

Milhares de pessoas voltaram nesta sexta-feira às ruas de cidades como Bogotá, onde há pelo menos 20 eventos pacíficos e festivos, assim como em Medellín, Bucaramanga e Cartagena, onde as manifestações continuam ativas, embora com menos intensidade do que quando começaram.

Entretanto, além de Cali, também houve violência em Madri, onde manifestantes se enfrentaram durante horas com o Esquadrão Móvel Antidistúrbios (Esmad) em uma das principais estradas do município.

"Pedi à força ao comandante do departamento de polícia e ao comandante do Esmad para se retirarem de nossa cidade. Não queremos mais vítimas em nossa cidade, queremos que Madri seja um território de paz e estamos nestes confrontos há muito tempo", afirmou o prefeito Andres Tovar.

Tovar denunciou que, além dos confrontos na estrada principal do município, localizada a menos de 30 quilômetros de Bogotá, o Esmad se deslocou para os bairros, o que o levou a pedir para se retirarem imediatamente. "Estão em nosso território e queremos evitar a violência", justificou-se.

"Continuamos pedindo e exigindo o respeito aos direitos humanos dos manifestantes, dos Esmad e da população. Esperamos que isso aconteça imediatamente e depois poderemos fazer um balanço do que aconteceu em nosso município hoje", finalizou o prefeito.

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