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Conservadores pedem que premiê britânico adie voto sobre casamento gay

Segundo eles, o tema pode enfraquecer o partido e prejudicar as chances de reeleição

Internacional|

Integrantes do partido conservador, o mesmo do primeiro-ministro britânico, David Cameron, fizeram um apelo neste domingo (3) para que o premiê adie o voto no Parlamento sobre o casamento gay, previsto para esta semana. Segundo esses conservadores, o tema pode enfraquecer o partido e prejudicar as chances de reeleição.

Cameron deu seu apoio pessoal ao projeto de casamento gay, mas muitos no seu partido e entre os parlamentares conservadores são contra por razões morais. Eles dizem que o governo não tem um mandato para forçar o tema no Parlamento.

Como o projeto tem o apoio dos dois outros principais partidos britânicos, a oposição trabalhista e os liberais-democratas, parceiros dos conservadores na coalizão de governo, não há maiores riscos de ele ser derrotado.

No entanto, uma carta assinada por mais de 20 lideranças de associações locais dos conservadores foi entregue na residência oficial de Cameron neste domingo.

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— Temos um sentimento muito forte de que a decisão de trazer esse projeto ao Parlamento foi tomada sem uma discussão adequada ou uma consulta aos membros do Partido Conservador e ao país como um todo. Começam a multiplicar-se os que deixam o partido, e tememos que esse projeto leve a um dano significativo para o Partido Conservador nas eleições de 2015.

Um líder de associação, Geoffrey Vero, afirmou que a tramitação do tema deve ser mais lenta. "Isso pode afetar seriamente as chances de Cameron ser reeleito em 2015", disse ele ao canal Sky.

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As regras que determinam que o voto deve seguir a linha traçada pelo partido foram suspensas para o chamado "voto livre" na terça-feira. Analistas dizem que cerca de metade dos 303 parlamentares conservadores podem votar contra o projeto ou se abster.

De acordo com uma pesquisa de opinião feita em dezembro, 55 por cento dos britânicos são favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

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Os defensores do casamento gays afirmam que, apesar da parceria civil hoje existente entre pessoas do mesmo sexo já garantir os mesmos direitos do casamento, a distinção implica num status inferior para os casais gays.

Há dois meses, o próprio Cameron afirmou: "Eu sou um grande defensor do casamento, e eu não quero que os gays sejam excluídos dessa grande instituição."

Contudo, tanto a Igreja Anglicana quando a Católica se opõem ao projeto. A proposta não as obriga a fazer casamentos gays.

Se aprovada na câmara baixa na terça-feira, a proposta será discutida pelos lordes, na câmara alta. Os lordes devem votá-la em maio, e depois o projeto volta para uma segunda votação dos parlamentares da câmara baixa.

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