Corrida presidencial se acirra na França e pesquisa mostra 4 candidatos com chance de 2º turno
Emmanuel Macron, centro, e Marine Le Pen, extrema-direita, aparecem empatados com 22%
Internacional|Do R7
A corrida presidencial da França pareceu ficar mais acirrada nesta sexta-feira (14), nove dias antes do início da votação, depois que uma pesquisa de opinião mostrou os quatro candidatos principais com chances de chegar ao segundo turno, disputado pelos dois mais votados.
A sondagem Ipsos-Sopra Sterna feita para o jornal Le Monde colocou Emmanuel Macron, de centro, e Marine Le Pen, líder da extrema-direita, empatados com 22% cada no primeiro turno de 23 de abril, seguidos pelo candidato de extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon e o conservador François Fillon, com 20% e 19%, respectivamente.
A distância de 3 pontos percentuais entre os quatro está dentro da margem de erro, o que insinua uma disputa bastante indefinida.
Macron deve vencer qualquer um de seus adversários caso vá para a rodada decisiva de 7 de maio, mas a tendência mais notável dos últimos dias é a ascensão rápida de Mélenchon nas intenções de voto na esteira de seu bom desempenho em dois debates na televisão no final de março e início de abril.
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Uma segunda pesquisa divulgada nesta sexta-feira mostrou uma diferença de seis pontos percentuais separando os quatro favoritos do total de 11 candidatos à Presidência. O levantamento diário da empresa Opinionway mostrou Macron na liderança, com 23%, e Mélenchon na retaguarda, com 17%.
Mas o progresso de Mélenchon preocupa os investidores em razão de sua hostilidade à União Europeia e aos seus planos de revogar reformas trabalhistas pró-empresariado. As enquetes apontam que, se chegar ao segundo turno, ele pode derrotar Fillon ou Le Pen.
As pesquisas vêm reiterando que Le Pen, que também repudia a UE e quer descartar o euro, não venceria nenhum candidato na decisão do mês que vem.
Os juízes que estão investigando Le Pen por suposto mal uso de fundos do bloco para pagar assessores partidários pediram a suspensão de sua imunidade parlamentar, mas os problemas legais não a prejudicaram tanto nas sondagens quanto as alegações de nepotismo que abalaram a campanha de Fillon.
A pesquisa do Le Monde foi realizada nos dias 12 e 13 de abril com 1.509 entrevistados.