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Egito anuncia cessar-fogo entre Exército de Israel e milícias de Gaza

Oito dias de confrontos já deixaram 146 palestinos e cinco israelenses mortos

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Hillary se reuniu hoje com o chanceler egípcio (esq.) e com o presidente do Egito
Hillary se reuniu hoje com o chanceler egípcio (esq.) e com o presidente do Egito Hillary se reuniu hoje com o chanceler egípcio (esq.) e com o presidente do Egito

O ministro de Relações Exteriores do Egito, Mohamed Kamel Amr, anunciou nesta quarta-feira (21) o cessar-fogo que promete dar fim aos ataques entre o Exército israelense e as milícias palestinas na Faixa de Gaza. Os combates já duram oito dias e deixaram 146 palestinos e cinco israelenses mortos.

A ofensiva Pilar Defensivo começou na quarta-feira passada(14), com o assassinato do chefe militar do Hamas, o grupo palestino que controla a Faixa de Gaza.

Segundo o Exército israelense, o objetivo é limpar o arsenal de armas acumulado pelo Hamas nos últimos anos.

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O anúncio de cessar-fogo foi divulgado por Amr no Cairo, capital egípcia, ao lado da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton. O acordo vai entrar em vigor a partir das 21h (hora local, 17h em Brasília).

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— Esses esforços resultaram em entendimentos para cessar o fogo, restaurar a calma e acabar com o derramamento de sangue que se tem visto nos últimos tempos.

O acordo foi feito após a chegada de Hillary e de Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU (Organizações das Nações Unidas), ao Cairo, onde uma trégua era costurada desde o fim de semana.

O cessar-fogo é uma vitória para a Irmandade Muçulmana, grupo político-religioso que subiu ao poder no Egito em junho deste ano, após a vitória nas urnas do atual presidente Mohammed Mursi.

A Irmandade Muçulmana foi um dos principais grupos que articularam os protestos de janeiro de 2011 contra o ex-ditador Hosni Mubarak, que caiu em fevereiro do ano passado após 30 anos no poder.

Além disso, o grupo islâmico, que contribuiu com a formação do Hamas, é historicamente contra a presença do Estado de Israel na região e defende a criação da Palestina. O recente acordo mostra a faceta mais moderada dos islamistas e revela o poder de influência de Mursi na região.

O acordo

Uma suposta cópia do documento assinado pelas partes antecipou para a mídia os termos acordados durante a negociação. Entre eles incluem-se:

—Fim imediato das hostilidades e ataques israelenses na Faixa de Gaza;

—Todas as facções palestinas devem cessar os ataques contra Israel, incluindo o lançamento dos mísseis portáteis iranianos;

—Abertura dos cruzamentos fronteiriços de Gaza com Israel e livre movimento dos pescadores na extensão da zona de pesca. 

Comemoração e agradecimentos

Depois de oito dias de conflito entre israelenses e palestinos, o presidente dos EUA, Barack Obama, comemorou o cessar-fogo e agradeceu pessoalmente o empenho do premiê judeu Benjamin Netanyahu.

Por meio de um comunicado oficial da Casa Branca, o governo norte-americano divulgou o seguinte texto: "O presidente expressou sua satisfação vis-à-vis os esforços realizados pelo primeiro-ministro para trabalhar por um cessar-fogo durável e por uma solução a longo prazo, em cooperação com o novo governo egípcio".

De acordo com a mesma fonte, o presidente americano prometeu ainda que os Estados Unidos "vão aumentar seus esforços para ajudar Israel a atender as suas necessidades em matéria de segurança, particularmente [contra] a entrada de armas e explosivos em Gaza". 

Obama também indicou que o premiê israelense pediu um financiamento adicional aos Estados Unidos para seu sistema antimísseis "Domo de Ferro", posicionado em diversas partes do território israelense para impedir, sobretudo, que foguetes disparados de Gaza atinjam regiões habitadas.

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