Nas últimas horas, Trump reduziu a vantagem de Biden no Arizona
Jonathan Ernst/Brian Snyder/ReutersAo mesmo tempo em que o presidente Donald Trump escreve no Twitter "pare a contagem!", a equipe de campanha do candidato republicano à reeleição nos Estados Unidos demonstra confiança em uma virada sobre Joe Biden no Arizona, mesmo depois que a agência de notícias Associetad Press e a rede de televisão Fox News já terem apontado vitória do democrata no estado.
A novela eleitoral continua nas telas dos Estados Unidos. O Arizona, uma fortaleza conservadora que tem sido inexpugnável desde a vitória do progressista Bill Clinton em 1996 pode mudar de direção nas próximas horas.
A tarefa é difícil, mas não impossível: Trump precisa do apoio de pouco mais de 57% dos votos restantes em todo o estado. Há esperança na Casa Branca.
O condado de Maricopa se tornou uma tendência no Twitter em vários países. A razão pela qual o local, cujo capital é Phoenix, está na boca de todos é porque cerca de 275 mil de seus votos ainda precisam ser contados, de acordo com a última atualização das autoridades locais.
E os resultados das votações – no todo ou em parte – serão tornados públicos às 19h (1h de sexta-feira no horário de Brasília). Isso se os apoiantes do Trump e os manifestantes de extrema direita deixarem os profissionais fazerem seu trabalho. Centenas deles protestaram em frente aos escritórios do condado ontem gritando palavras de ordem como: "Conte meu voto".
Exatamente o oposto de outro grupo de apoiadores do atual presidente em Michigan, que estão pedindo que a contagem seja interrompida – pedido reforçado pelo próprio Trump nas redes sociais.
Nas últimas horas, Trump reduziu a vantagem de Biden no Arizona. Com 85% dos votos contados, Trump tem 1.400.951 votos, perto dos 1.469.341 de Biden. A diferença é tão pequena que muitos veículos de comunicação não ousaram determinar quem ganhou nesse estado-chave, cujos 11 delegados podem ser decisivos.
Enquanto isso, é aguardado o que acontece em outros estados, como a Pensilvânia e a Geórgia. O objetivo é atingir 270 votos eleitorais, e a pontuação neste momento tem Biden com 253 votos e Trump com 214.
Apesar de estar próximo em números, Trump precisa obter cerca de 60% dos 470 mil votos restantes a serem contados, de acordo com a República do Arizona. Um feito muito difícil, mas não impossível.
Entretanto, além dos votos do condado de Maricopa, ainda precisam ser contados os de localidades como Pima, Coconino e Santa Cruz, tradicionalmente democratas.
Como se tudo isso não fosse suficiente, a trama tem mais capítulos. Uma delas é a ação judicial que vários eleitores estão começando a apresentar alegando que seu voto não foi contado por terem preenchido a caixa de sua escolha com um "sharpie", um tipo de marcador.
A autoridade responsável assegura que seu uso é totalmente legal para emitir o voto, mas certas imagens e vídeos que circulam pelas redes mostram que, supostamente, alguns desses votos foram considerados nulos por algumas seções eleitorais.
O suspense será estendido à validação ou não de certos votos que, com tão pouca diferença entre os candidatos, poderiam se tornar cruciais. Isso vem levando Biden a repetir a exaustão o mantra "cada voto conta".