Embaixada americana foi invadida no Iraque
Thaier al-Sudani/ReutersO secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, ameaçou nesta quinta-feira o Irã e disse que o país lamentará se continuar com a "campanha de provocações" contra os interesses da Casa Branca no Oriente Médio.
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"Eles provavelmente lamentarão, e estamos preparados para exercer nossa própria defesa e deter o comportamento mais ofensivo por parte destes grupos, todos apoiados, liderados e financiados pelo Irã", disse Esper em um encontro com jornalistas no Pentágono.
O secretário se referia à invasão da embaixada dos EUA em Bagdá, no Iraque, por um grupo composto majoritariamente por xiitas e acusado pela Casa Branca de receber o apoio do Irã.
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A invasão ocorreu como forma de protesto contra ataques feitos pelos EUA a posições da milícia xiita Kata'ib Hezbollah, que também contaria com respaldo do governo iraniano.
O Pentágono acusa a Kata'ib Hezbollah de ser responsável por uma série de ataques que começou em outubro contra instalações militares no Iraque onde trabalham militares dos EUA. No último deles, um empreiteiro americano morreu, dando início à resposta da Casa Branca que depois motivaria a invasão da embaixada.
Além de Esper, o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Mark Milley, participou do encontro com os jornalistas. Ambos destacaram que, se necessário, o governo americano adotará "ações preventivas" se detectar novos ataques contra tropas do país na região.
Milley também falou sobre as novas medidas de segurança adotadas depois da invasão da embaixada dos EUA em Bagdá. Membros das Forças Especiais foram enviados ao local e quase mil soldados americanos em missão no Kuwait estão prontos para ir ao Iraque caso a situação se agrave.
"Estamos muito confiantes que a integridade da embaixada é forte e que é altamente improvável que ela seja violada fisicamente por alguém. Há poder de fogo aéreo e terrestre suficiente lá. Então, qualquer um que tente entrar lá vai correr para uma motosserra", disse o general.
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