Acordo de cooperação entre EUA e a Guiana inclui patrulhas marítimas
Reprodução/Daily MailOs Estados Unidos e a Guiana vão lançar patrulhas marítimas conjuntas com o objetivo de impedir a passagem de drogas perto da disputada fronteira do país sul-americano com a Venezuela, disse o secretário de Mike Pompeo e o presidente Irfaan Ali nesta sexta-feira (18).
O acordo de cooperação ocorre no momento em que a petrolífera norte-americana Exxon Mobil Corp, parte de um consórcio com a Hess Corp e a chinesa CNOOC Ltd, está aumentando a produção de petróleo bruto no enorme bloco offshore de Stabroek da Guiana, em grande parte localizado em águas reivindicadas pela Venezuela.
"Maior segurança, maior capacidade de entender seu espaço fronteiriço, o que está acontecendo dentro de sua Zona Econômica Exclusiva, tudo isso dá soberania à Guiana", disse Pompeo em uma aparição conjunta com Ali.
Pompeo está usando sua viagem por quatro nações sul-americanas para pressionar a saída do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que foi indiciado nos Estados Unidos por acusações de narcoterrorismo.
O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Maduro, que culpa os Estados Unidos por tentar provocar um golpe e tomar o controle das vastas reservas de petróleo do país da OPEP, continua no poder apesar das sanções econômicas e da pressão diplomática liderada pelos EUA.
No final de 2018, a Marinha da Venezuela interceptou um navio que realizava uma pesquisa sísmica em nome da Exxon, a última em uma disputa de fronteira de um século que está sendo avaliada no Tribunal Internacional de Justiça.
Uma série de descobertas offshore nos últimos anos deu à Guiana, que não tem histórico de produção de petróleo, o potencial de se tornar um dos maiores produtores da América Latina.
"Tivemos várias dificuldades e acho que agradecemos qualquer ajuda que melhore nossa segurança, melhore nossa capacidade de proteger nossas fronteiras", disse Ali.