O presidente da Síria Bashar al-Assad não poderá acessar sistema financeiro
REUTERSO secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou nesta quarta-feira (17) a entrada em vigor de sanções contra o presidente da Síria, Bashar al-Assad, e outras 38 pessoas ao seu redor, incluindo sua esposa Asma e seu irmão Maher.
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Além do casal presidencial, outros sancionados são a irmã do presidente Bushra al-Assad, bem como sua cunhada, Manal, esposa de Maher, que chefia a 4ª Divisão do Exército Sírio.
Os EUA também sancionaram a Brigada Fatimiun, que apoia as forças da Al Assad e está ligada ao Irã.
Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo
Kevin Lamarque/Reuters - 10.1.2020"Muitas das dezenas de pessoas e empresas que o governo dos EUA está sancionando hoje desempenharam um papel fundamental na obstrução de uma solução política para o conflito. Outras ajudaram e financiaram as atrocidades do regime sírio contra o povo sírio, enquanto eles ficaram ricos", disse Pompeo.
O secretário fez menção especial a Asma al-Assad, "a esposa de Bashar al-Assad, que, com o apoio de seu marido e familiares, Ajras, tornou-se uma das maiores beneficiadas pela guerra na Síria".
"Agora, qualquer pessoa que negocie com essas pessoas ou entidades estará sujeita a sanções", afirmou Pompeo.
As sanções acontecem dentro da chamada "Lei Cesar" - pseudônimo do fotógrafo da polícia militar síria que desertou com 55 mil imagens digitais de 11 mil detidos mortos - que foi assinado há 180 dias pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo essa lei, o Congresso dos EUA autorizou a imposição de "sérias sanções econômicas para promover a responsabilização por atos brutais contra o povo sírio pelo regime de Al-Assad e seus aliados estrangeiros", lembrou Pompeo.
As sanções incluem restrições como a proibição de viajar para os Estados Unidos e para o sistema financeiro americano.
Essa onda de sanções ocorre quando a Síria está passando por uma grave crise econômica e se prepara para entrar em uma nova fase do conflito, a da reconstrução, após ter controlado nos últimos dois anos grande parte do território que perdeu desde o início da guerra, que ainda está em curso.