Na noite desta quarta-feira (9), ao menos 7 jovens morreram durante protestos em Bogotá, na Colômbia. As manifestações foram motivadas pela morte do advogado Javier Ordoñez, de 44 anos, durante uma abordagem policial que foi gravada, e mostra o homem imobilizado por agentes recebendo disparo da arma taser por vários minutos. Postos policiais e ônibus foram queimados
Carlos Ortega/ EFE/ 10.09.2020
É possível ver no vídeo que o agente usou por vários minutos a arma de taser contra Javier Ordoñez, em seguida o levaram para um posto policial em Villaluz, em Engativá, onde teriam continuado as agressões, pouco depois foi levado a um hospital onde chegou sem sinais vitais, segundo a revista Semana
Reprodução/ Twitter
Na manhã desta quinta-feira, a prefeita de Bogotá Claudia Lopez afirmou, durante uma coletiva de imprensa, que existem "evidências sólidas de que a polícia utilizou armas de fogo indiscriminadamente". Vídeos que circulam nas redes sociais mostram policiais apontando e disparando contra os manifestantes. Uma das vítimas fatais, era menor de idade
Carlos Ortega/ EFE/ 10.09.2020
O presidente Ivan Duque também se pronunciou após a violenta noite que deixou sete jovens mortos. Ele disse que pediu que as investigações que apuram a morte do advogado Javier Ordoñez sejam mais ágeis e lamentou a situação. Quase 100 policiais e 55 civis ficaram feridos e dezenas de estações e veículos públicos foram danificados ou incendiados, informou o governo nacional
Carlos Ortega/EFE/10.09.2020
“Em hipótese alguma podemos aceitar como país a estigmatização daqueles que têm a responsabilidade de proteger a vida, a honra, a propriedade, os direitos e as liberdades dos cidadãos sejam chamados de 'assassinos'. Sabemos que quando atos de abuso são apresentados eles geram indignação, rejeição, mas temos que procurar que o procedimento seja aquele traga esclarecimentos e tenha a sanção exemplar”, acrescentou Duque
Mauricio Dueñas Castañeda/ EFE/ 10.09.2020
Já o ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo condenou "o vandalismo e a atrocidade com as que atuaram os manifestantes". Ele disse ainda que a Polícia Nacional é uma "instituição querida" e não explicou em que situação aconteceram as mortes dos jovens
Mauricio Dueñas Castañeda/ EFE/ 10.09.2020
Os protestos e as mortes dos jovens geraram muitos debates nos meios políticos, que já discutia as chacinas cometidas contra jovens em outros pontos do país. Na ocasião, a ONU condenou as mortes e pediu uma investigação para esclarecer os homicídios