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Representantes de cinco nacionalidades com grande número de refugiados em São Paulo disputaram neste domingo (29) a Copa do Mundo dos Refugiados.
O evento atraiu dezenas de pessoas e contou com várias atividades, além dos animados jogos, que foram animados por torcidas organizadas e comemorações dignas de uma Copa!
Daia Oliver/R7
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A Copa dos Refugiados foi organizada pelas ONGs Adus (Instituto de Reintegração do Refugiado) e Atados. De acordo com a organização, o evento contou com a colaboração de empresas e indivíduos, que ajudaram doando alimentos, uniformes e dinheiro para custear os gastos
Daia Oliver/R7
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Daniel Morais Assunção, da ONG Atados, afirmou que R$ 3.700 vieram de uma iniciativa colaborativa de financiamento coletivo pela internet
Daia Oliver/R7
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Daniel também afirmou que boa parte dos alimentos foi doada por uma rede de supermercados
Daia Oliver/R7
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A empresa Lili Figurinos foi a responsável pelo fornecimento dos uniformes utilizados pelos jogadores
Daia Oliver/R7
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A festa foi bem agitada e as diferentes nacionalidades presentes interagiram bastante garantindo uma atmosfera multicultural
Daia Oliver/R7
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A competição contou com times de Mali, Costa do Marfim, Síria, Congo e Haiti
Daia Oliver/R7
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A taça da competição ficou com o time do Haiti que ganhou de 2 a 0 contra o Congo. O Mali ficou em terceiro, mas até mesmo o tímido time da Síria festejou
Daia Oliver/R7
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Os campeões haitianos fizeram pose de vencedores ao fim das disputas
Erika Omori/R7
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Durante as partidas de futebol, voluntários se ocupavam organizando as doações de alimentos e roupas que chegaram para os refugiados
Daia Oliver/R7
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Enquanto alguns dos presentes se equilibravam entre as árvores do Colégio Santa Cruz, voluntários ajudavam muitos refugiados a melhorarem seus currículos e os orientavam sobre oportunidades de emprego
Daia Oliver/R7
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As crianças receberam tratamento especial. Enquanto seus pais disputavam a bola, elas se distraíam desenhando e pintando com algumas voluntárias
Daia Oliver/R7
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Professores ensinaram também técnicas botânicas, em aulas dadas por voluntários presentes na Copa
Daia Oliver/R7
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As haitianas Fleurimond Mircoline, de 38 anos, e Marie Daniella Louis, de 26 anos, estavam muito felizes com o evento. Ambas festejaram muito o campeonato conquistado com a vitória do país contra o Congo, por 2 a 0, na final da Copa
Fabio Cervone/R7
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Wagner Clementino, de 32 anos, foi convidado para apitar os jogos. Ele e a mulher, Gabriela Gonçalves, ficaram impressionados com o evento.
— Nós não imaginávamos que haviam tantos refugiados em São Paulo. Imagine no resto do Brasil!
Antes do jogo, Wagner declarou que estava pronto para apitar e que ia prestar muita atenção, pois a "falta de técnica combinada com muita vontade" são perigosos para os atletas não profissionais
Fabio Cervone/R7
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Gardy, de 27 anos, chegou do Haiti há quase dois anos. Aqui no Brasil, ele já trabalhou com logística, mas atualmente está desempregado.
Seu sonho é estudar agronomia e diz que deseja ficar no país. Ele afirmou que se fizesse um gol iria oferecer aos amigos do Haiti
Fabio Cervone/R7
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Dady Simon, de 30 anos, é um haitiano que torceu e dançou muito durante a festa. Mas, ele fez questão de mostrar que é um artista. Com um pincel na mão, Dady retocou alguns quadros que trouxe de metrô para expor durante a competição
Fabio Cervone/R7
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Omana Kasongo, ou "Fufu", de 48 anos, não jogou mas ficou na lateral orientando o time. Quando questionado, ele não hesitou: "Sou o técnico do time".
Sem dúvida, o terno de Omana garantiu um ar "oficial" ao congolês
Fabio Cervone/R7
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Guelor Kole Mangovo, de 29 anos, prometeu um gol pelo Congo. Entre uma partida e outra, ele conversou com a reportagem e afirmou que estava satisfeito com o seu futebol.
Guelor chegou ao Brasil há pouco mais de um mês, mora na Casa do Imigrante. Ele ainda está desempregado mas já recebeu CPF e carteira de trabalho
Fabio Cervone/R7
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Mari Boselli, de 52 anos, é professora voluntária de português de alguns dos refugiados presentes no evento. Karam Awwad, 30, chegou da Síria há mais de três anos e disse que adora o país. Por isso, em breve o resto de sua família deve chegar ao país
Fabio Cervone/R7
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O Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) diz que 5.208 refugiados de 80 nacionalidades diferentes estão no Brasil. A ONU calcula que no mundo existem 51,2 milhões de refugiados, o maior número desde a Segunda Guerra Mundial.
Daia Oliver/R7