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As manifestações mais numerosas foram registradas em Rangun, antiga capital e cidade mais populosa, onde várias pessoas marcharam de várias partes da cidade para se reunirem em torno da Sule Pagoda, o monumento mais representativo do país.
Lynn Bo Bo/EFE/EPA - 07.02.2021
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Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de várias cidades de Mianmar neste domingo, desafiando o novo governo militar, que hoje suspendeu o bloqueio da internet após mais de 24 horas de desconexão. Comícios pró-democracia também ocorreram em muitas partes do país, incluindo Naipyidó - a capital fundada em 2008 pelos militares - e Mandalay - a segunda cidade mais populosa. Nas duas localidades e em várias outras, pessoas em motocicletas circulavam em bloco. Na foto, protesto na capital, Naipyidó.
Maung LonLan/EFE/EPA - 07.02.2021
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"Respeite nossos votos", "justiça para Mianmar" e "liberte nossos líderes" são algumas das frases exibidas em cartazes pelos manifestantes. Muitos deles erguiam três dedos, em um gesto de dissidência popularizada pela saga literária e cinematográfica "Jogos Vorazes".
Nyein Chan Naing/EFE/EPA - 07.02.2021
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Com gritos a favor da democracia derrubada na última segunda-feira pelo exército e contra a junta militar, liderada pelo general Min Aung Hlaing, os protestos foram formados em grande parte por jovens nascidos décadas após a repressão implacável das forças armadas contra a revolta popular de 1988 e que eram crianças durante a Revolução Açafrão de 2007, também coibida de maneira sangrenta.
Nyein Chan Naing/EFE/EPA - 07.02.2021
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"Os militares subestimaram a juventude. Não vivemos o que aconteceu em 1988, mas não vamos deixá-los governar novamente como fizeram com nossos pais", declarou à agência Efe um estudante de botânica de 19 anos, que mobilizou seus amigos e conhecidos para participar das manifestações deste domingo.
Chalinee Thirasupa/Reuters - 07.02.2021
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O som de buzinas de carro em apoio ao movimento pacífico de desobediência civil lançado contra os militares se mistura com canções pró-democracia, muitas cantadas pela primeira vez durante a revolta de 1988
Stringer/Reuters - 07.02.2021
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As manifestações são dominadas pela cor vermelha que identifica o partido da Liga Nacional para a Democracia (LND), liderado pela vencedora do Prêmio Nobel da Paz e líder deposta do governo democrático, Aung San Suu Kyi, e exigem a libertação de todos aqueles detidos pelos militares, incluindo ela.
Stringer/Reuters - 07.02.2021
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Depois de passar mais de 24 horas com um bloqueio quase total da conexão à internet, a rede foi restaurada sem aviso prévio pouco depois do meio-dia (local, 2h de Brasília) em todo o país. O portal de rastreamento Netblocks, sediado em Londres, afirmou em sua última atualização que Mianmar registrou "uma restauração parcial da conectividade", embora tenha dito que "não está claro se a restauração será mantida e as redes sociais permanecerão bloqueadas".
Lynn Bo Bo/EFE/EPA - 07.02.2021
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Suu Kyi permanece sob prisão domiciliar em sua residência na capital e estará sob investigação até pelo menos o dia 15 sob a acusação de importação ilegal de aparelhos telefônicos, o que implica em uma pena máxima de três anos de detenção.
Chalinee Thirasupa/Reuters - 06.02.2021
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A polícia montou postos de controle e barricadas em vários edifícios públicos no centro de Rangun, como a Suprema Corte e a prefeitura, inclusive com soldados armados na área interna. No entanto, até agora não houve confrontos entre as autoridades e os populares, que dão rosas e garrafas de água à polícia e lhes pedem que se juntem ao protesto.
Lynn Bo Bo/EFE/EPA - 07.02.2021
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Os militares, que governaram o país com punho de ferro de 1962 a 2011, tomaram o poder na segunda-feira, alegando fraude maciça nas eleições de novembro, em que o partido da ativista obteve uma contundente vitória, com 83% dos assentos disputados.
Chalinee Thirasupa/Reuters - 06.02.2021