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Não é só na Síria: fome devastadora e guerra estão destruindo uma geração no Iêmen

Programa de Alimentos da ONU coloca o país com uma das mais altas taxas de desnutrição no mundo

Internacional|Do R7

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Não é apenas uma, nem são milhares de pessoas, o que já se configurariam uma situação catastrófica. A fome se alastra no Iêmen, por causa da guerra civil no país, e já atinge milhões de pessoas
Isso mesmo: milhões que vivem sob o terror dos bombardeios e submetidos à absoluta falta de alimentos. Um terço das crianças com menos de cinco anos sofre de má nutrição aguda. As informações são do The Sun com a Reuters
Bebês sem nenhum tipo de auxílio acabaram ficando com aspectos muito fragilizados porque não conseguiram receber alimentação das mães, que estavam fracas demais para amamentarem. A Síria, envolta em outra guerra civil, desde 2011, também passa por situação similar, com a fome ajudando a destruir cidades como Aleppo e Madaya
Saida Ahmad Baghili (foto), 18, encontra-se em uma cama no hospital al-Thawra onde recebe tratamento para desnutrição aguda grave, na cidade portuária iemenita de Houdieda, no Mar Vermelho
O PAM (Programa Mundial de Alimentos da ONU) coloca o Iêmen como um país com uma das mais altas taxas de desnutrição em todo o mundo, por causa de um bloqueio e bombardeios contra rebeldes houthis, feitos por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita
Muhannad Hadi, chefe do PAM no Oriente Médio, alerta:  — A fome está aumentando a cada dia e as pessoas têm esgotado todas as suas estratégias de sobrevivência. Milhões de pessoas não podem sobreviver sem ajuda externa
O Iêmen há tempos luta contra a pobreza e a fome. Mas a crise humanitária se tornou intensa desde o início da guerra entre o grupo Houthi e aliados do presidente exilado Abd-Rabbu Mansour Hadi, atraindo para o conflito a vizinha Arábia Saudita
A dependência econômica do país ganha contornos insuportáveis em momentos de pico. Se o Iêmen antes da guerra dependia de importações em 90% dos seus alimentos, remédios e combustível (e já era carente), agora o país recebe apenas 30% do que necessita
Nos 18 meses dessa guerra civil, pelo menos 10.000 pessoas foram mortas, segundo a ONU, número que representa quase o dobro das 6.000 mortes estimadas por autoridades e agências humanitárias
No caso dramático de Saida, ela sofreu desnutrição há cinco anos, antes da guerra, quando alimentos e suprimentos médicos já haviam sido cortados na área em que morava. Sua tia a acompanha e contou: — Seu pai não podia enviá-la a qualquer lugar. Antes de receberem ajuda as pessoas de lá foram sobrevivendo com qualquer coisa comestível como folhas verdes e grama
Arábia Saudita proibiu todos os voos comerciais dentro e fora da capital Sanaa, além de realizar bloqueios em terra. George Khoury, chefe do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Iêmen alertou: — As pessoas estão morrendo porque elas não estão autorizadas a viajar para o exterior 
O general Ahmed Asir, porta-voz da coalizão, disse "que não, não há nenhum bloqueio", argumentando que controle, quando ninguém pode sair do país, é um termo diferente de bloqueio
McGoldrick disse na ocasião que o conflito também já havia forçado três milhões de pessoas a saírem de casa no Iêmen e 200.000 a buscarem refúgio fora do país. Segundo ele, a ONU tem informações de que 900.000 pessoas entre essas desalojadas pretendem tentar voltar para casa. McGoldrick diz que é vital chegar a essas pessoas Bombardeios matam mais de 150 pessoas no Iêmen
— Esse é um grande desafio, especialmente em áreas que ainda enfrentam conflitos. Em julho último, cerca de 14 milhões dos 26 milhões de habitantes do Iêmen precisavam de ajuda alimentar e 7 milhões e sofriam de insegurança alimentar, segundo o coordenador. E, mesmo apesar dos apelos, a situação pouco melhorou desde então Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!

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Não é apenas uma, nem são milhares de pessoas, o que já se configurariam uma situação catastrófica. A fome se alastra no Iêmen, por causa da guerra civil no país, e já atinge milhões de pessoas
Isso mesmo: milhões que vivem sob o terror dos bombardeios e submetidos à absoluta falta de alimentos. Um terço das crianças com menos de cinco anos sofre de má nutrição aguda. As informações são do The Sun com a Reuters
Bebês sem nenhum tipo de auxílio acabaram ficando com aspectos muito fragilizados porque não conseguiram receber alimentação das mães, que estavam fracas demais para amamentarem. A Síria, envolta em outra guerra civil, desde 2011, também passa por situação similar, com a fome ajudando a destruir cidades como Aleppo e Madaya
Saida Ahmad Baghili (foto), 18, encontra-se em uma cama no hospital al-Thawra onde recebe tratamento para desnutrição aguda grave, na cidade portuária iemenita de Houdieda, no Mar Vermelho
O PAM (Programa Mundial de Alimentos da ONU) coloca o Iêmen como um país com uma das mais altas taxas de desnutrição em todo o mundo, por causa de um bloqueio e bombardeios contra rebeldes houthis, feitos por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita
Muhannad Hadi, chefe do PAM no Oriente Médio, alerta:  — A fome está aumentando a cada dia e as pessoas têm esgotado todas as suas estratégias de sobrevivência. Milhões de pessoas não podem sobreviver sem ajuda externa
O Iêmen há tempos luta contra a pobreza e a fome. Mas a crise humanitária se tornou intensa desde o início da guerra entre o grupo Houthi e aliados do presidente exilado Abd-Rabbu Mansour Hadi, atraindo para o conflito a vizinha Arábia Saudita
A dependência econômica do país ganha contornos insuportáveis em momentos de pico. Se o Iêmen antes da guerra dependia de importações em 90% dos seus alimentos, remédios e combustível (e já era carente), agora o país recebe apenas 30% do que necessita
Nos 18 meses dessa guerra civil, pelo menos 10.000 pessoas foram mortas, segundo a ONU, número que representa quase o dobro das 6.000 mortes estimadas por autoridades e agências humanitárias
No caso dramático de Saida, ela sofreu desnutrição há cinco anos, antes da guerra, quando alimentos e suprimentos médicos já haviam sido cortados na área em que morava. Sua tia a acompanha e contou: — Seu pai não podia enviá-la a qualquer lugar. Antes de receberem ajuda as pessoas de lá foram sobrevivendo com qualquer coisa comestível como folhas verdes e grama
Arábia Saudita proibiu todos os voos comerciais dentro e fora da capital Sanaa, além de realizar bloqueios em terra. George Khoury, chefe do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários no Iêmen alertou: — As pessoas estão morrendo porque elas não estão autorizadas a viajar para o exterior 
O general Ahmed Asir, porta-voz da coalizão, disse "que não, não há nenhum bloqueio", argumentando que controle, quando ninguém pode sair do país, é um termo diferente de bloqueio
McGoldrick disse na ocasião que o conflito também já havia forçado três milhões de pessoas a saírem de casa no Iêmen e 200.000 a buscarem refúgio fora do país. Segundo ele, a ONU tem informações de que 900.000 pessoas entre essas desalojadas pretendem tentar voltar para casa. McGoldrick diz que é vital chegar a essas pessoas Bombardeios matam mais de 150 pessoas no Iêmen
— Esse é um grande desafio, especialmente em áreas que ainda enfrentam conflitos. Em julho último, cerca de 14 milhões dos 26 milhões de habitantes do Iêmen precisavam de ajuda alimentar e 7 milhões e sofriam de insegurança alimentar, segundo o coordenador. E, mesmo apesar dos apelos, a situação pouco melhorou desde então Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!

Não é apenas uma, nem são milhares de pessoas, o que já se configurariam uma situação catastrófica. A fome se alastra no Iêmen, por causa da guerra civil no país, e já atinge milhões de pessoas

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