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Guerra civil na Síria: veja a cobertura completa

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Quatro anos de guerra: conflito na Síria já deixou mais de 200 mil mortos e milhões de refugiados

ONU afirma que violações aos Direitos Humanos e crimes de guerra são cometidos no país

Internacional|Do R7

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Uma revolta popular contra o presidente sírio, Bashar al Assad, iniciou uma guerra na Síria em março de 2011. Após a repressão brutal do governo, a guerra ganhou as dimensões de um conflito civil com apoiadores regionais. Hoje, quatro anos depois, o conflito já deixou mais de 200 mil mortos, 3,7 de refugiados e milhares de cidades destruídas
Os protestos começaram no calor da Primavera Árabe, como uma queda de braço entre o regime de Assad e opositores de um grupo de maioria sunita, que se considera prejudicado pelo governo. Assad, que pertence à minoria étnico-religiosa alauíta, era acusado de corrupção e nepotismo
Em Hama, na Síria, residentes olham para cratera formada por um bombardeio, supostamente de autoria de grupos rebeldes. Pelo menos 35 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas no ataque
Um combatente caminha em um beco devastado do antigo mercado de Aleppo, no norte da Síria
A Síria vive uma guerra civil desde 2011. Os rebeldes tentam derrubar o chefe de Estado do país, Bashar Al-Assad, acusado de crimes de guerra 
Os atentados, muitos deles cometidos com carros-bomba, deixaram centenas de vítimas na capital e outras cidades e fazem alguns desconfiarem do movimento rebelde, que, por sua vez, acusou em algumas ocasiões o regime de estar por trás deles
Vários desses ataques foram reivindicados pela poderosa Frente al Nusra, um grupo islamita incluída pelos EUA em sua lista de organizações terroristas e que irrompeu com força no conflito no último ano.   A organização radical teve vários triunfos contra as forças de Assad e foi seu principal rival em povoações como Aleppo
A emergência da Frente al Nusra é um sintoma da islamização dos combatentes no campo de batalha. Basta observar os vídeos dos rebeldes para apreciar uma mudança em seu físico, que foi dos rostos perfeitamente barbeados a uma "floresta de barbas", mais de acordo com a sunna (tradição) muçulmana
No plano político, o regime remodelou no início de 2012 a Constituição para abri-la ao pluripartidarismo em uma tentativa de acalmar os rebeldes, mas esta medida não se traduziu em uma mudança de poder no Parlamento, já que a oposição boicotou o pleito legislativo de um ano atrás
De lá até hoje, o número de mortos após quatro anos de guerra civil na Síria subiu para mais de 210 mil pessoas, quase metade deles civis, mas o número real deve ser ainda maior, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Apenas em 2014, foram cerca de 76 mil mortes
O Observatório, baseado na Grã-Bretanha e com uma rede de ativistas pela Síria, disse que mais de 10 mil crianças e quase 7.000 mulheres estavam entre os mortos
Síria
São casos de tortura, crimes sexuais, assassinatos e uso de crianças soldados, entre outros. A grande maioria desses crimes é cometida pelo regime de Assad, mas a oposição também é responsável por parte deles
Em agosto de 2013, a oposição denunciou um massacre com armas químicas que mataram mais de mil pessoas em Damasco. O governo de Assad negou o ataque, mas a ONU publicou um relatório no fim de 2013 que confirmava o uso de gás sarin em quatro episódios distintos
Investigadores de crimes de guerra das Nações Unidas  planejam publicar os nomes dos suspeitos envolvidos com a guerra na Síria e levá-los a julgamento
Fontes diplomáticas disseram que uma Comissão de Inquérito independente, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, pode publicar alguns das centenas de nomes presentes em listas secretas de suspeitos em 17 de março, no Conselho de Direitos Humanos da ONU
O EI (Estado Islâmico), grupo terrorista que domina territórios na Síria e no Iraque, também responde por parte desses crimes de guerra. Um relatório da ONU aponta, por exemplo, a tortura pública de mulheres que não seguem o código de vestimenta do grupo e "ousam" sair à rua com seus cabelos ou rosto expostos
Frequentemente, os milicianos do EI também obrigam o público presente, incluindo crianças, a presenciar as execuções, realizadas mediante decapitações ou tiros na cabeça. Os corpos dos executados, muitas vezes crucificados, também costumam ficar expostos durante três dias, como um método de aterrorizar a  população local
Crianças caminham por rua destruída após bombardeio em Aleppo, na Síria
Com medo de perderem suas vidas nos escombros, muitos sírios foram obrigados a deixar seus pertences e sair em busca de um refúgio. Segundo dados da ONU, 3,7 milhões de pessoas já saíram da Síria para buscar refúgio em outros países. Líbano, Egito, Iraque, Jordânia e Turquia abrigam quase todos os sírios registrados como refugiados
Outros 6,5 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da Síria, de acordo com dados da Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados). Metade dos atingidos são crianças
"A crise síria tornou-se a maior emergência humana da nossa era e, apesar disso, o mundo não consegue atender às necessidades dos refugiados e países que os recebem", disse o alto-comissário da ONU para refugiados, António Gueterres. Estima-se que mais de 12 milhões de pessoas (um terço da população) necessitem de assistência emergencial — A resposta à crise síria tem sido generosa, mas a verdade cruel é que ainda não é suficiente
Nesta terça-feira (22), a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) proibiu companhias aéreas americanas de voar para o aeroporto de Tel Aviv, após um foguete aparentemente disparado por palestinos cair perto do aeroporto Ben Gurion. Após as autoridades americanas anunciarem a medida, a Agência Europeia da Segurança Aérea (EASA, na sigla em inglês) emitiu uma circular em que "recomenda enfaticamente que usuários do espaço aéreo se abstenham de operar no Aeroporto Internacional de Tel Aviv Ben Gurion". Algumas companhias aéreas europeias, como Lufthansa, Air France e KLM, cancelaram voos
Mais de 40 pessoas morreram em 24 horas de ataques aéreos contra bairros rebeldes situado no leste da cidade de Aleppo, afirmou nesta quarta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A aviação bombardeou Hay Qatané, Tariq al Bab, Bustane al Wasr, Bani Zeid, Mghayer e Lairamun, deixando 22 mortos na véspera. Nesta quarta, outras 21 pessoas morreram em um novo ataque contra Mghayer, segundo a mesma fonte.

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Uma revolta popular contra o presidente sírio, Bashar al Assad, iniciou uma guerra na Síria em março de 2011. Após a repressão brutal do governo, a guerra ganhou as dimensões de um conflito civil com apoiadores regionais. Hoje, quatro anos depois, o conflito já deixou mais de 200 mil mortos, 3,7 de refugiados e milhares de cidades destruídas
Os protestos começaram no calor da Primavera Árabe, como uma queda de braço entre o regime de Assad e opositores de um grupo de maioria sunita, que se considera prejudicado pelo governo. Assad, que pertence à minoria étnico-religiosa alauíta, era acusado de corrupção e nepotismo
Em Hama, na Síria, residentes olham para cratera formada por um bombardeio, supostamente de autoria de grupos rebeldes. Pelo menos 35 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas no ataque
Um combatente caminha em um beco devastado do antigo mercado de Aleppo, no norte da Síria
A Síria vive uma guerra civil desde 2011. Os rebeldes tentam derrubar o chefe de Estado do país, Bashar Al-Assad, acusado de crimes de guerra 
Os atentados, muitos deles cometidos com carros-bomba, deixaram centenas de vítimas na capital e outras cidades e fazem alguns desconfiarem do movimento rebelde, que, por sua vez, acusou em algumas ocasiões o regime de estar por trás deles
Vários desses ataques foram reivindicados pela poderosa Frente al Nusra, um grupo islamita incluída pelos EUA em sua lista de organizações terroristas e que irrompeu com força no conflito no último ano.   A organização radical teve vários triunfos contra as forças de Assad e foi seu principal rival em povoações como Aleppo
A emergência da Frente al Nusra é um sintoma da islamização dos combatentes no campo de batalha. Basta observar os vídeos dos rebeldes para apreciar uma mudança em seu físico, que foi dos rostos perfeitamente barbeados a uma "floresta de barbas", mais de acordo com a sunna (tradição) muçulmana
No plano político, o regime remodelou no início de 2012 a Constituição para abri-la ao pluripartidarismo em uma tentativa de acalmar os rebeldes, mas esta medida não se traduziu em uma mudança de poder no Parlamento, já que a oposição boicotou o pleito legislativo de um ano atrás
De lá até hoje, o número de mortos após quatro anos de guerra civil na Síria subiu para mais de 210 mil pessoas, quase metade deles civis, mas o número real deve ser ainda maior, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Apenas em 2014, foram cerca de 76 mil mortes
O Observatório, baseado na Grã-Bretanha e com uma rede de ativistas pela Síria, disse que mais de 10 mil crianças e quase 7.000 mulheres estavam entre os mortos
Síria
São casos de tortura, crimes sexuais, assassinatos e uso de crianças soldados, entre outros. A grande maioria desses crimes é cometida pelo regime de Assad, mas a oposição também é responsável por parte deles
Em agosto de 2013, a oposição denunciou um massacre com armas químicas que mataram mais de mil pessoas em Damasco. O governo de Assad negou o ataque, mas a ONU publicou um relatório no fim de 2013 que confirmava o uso de gás sarin em quatro episódios distintos
Investigadores de crimes de guerra das Nações Unidas  planejam publicar os nomes dos suspeitos envolvidos com a guerra na Síria e levá-los a julgamento
Fontes diplomáticas disseram que uma Comissão de Inquérito independente, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, pode publicar alguns das centenas de nomes presentes em listas secretas de suspeitos em 17 de março, no Conselho de Direitos Humanos da ONU
O EI (Estado Islâmico), grupo terrorista que domina territórios na Síria e no Iraque, também responde por parte desses crimes de guerra. Um relatório da ONU aponta, por exemplo, a tortura pública de mulheres que não seguem o código de vestimenta do grupo e "ousam" sair à rua com seus cabelos ou rosto expostos
Frequentemente, os milicianos do EI também obrigam o público presente, incluindo crianças, a presenciar as execuções, realizadas mediante decapitações ou tiros na cabeça. Os corpos dos executados, muitas vezes crucificados, também costumam ficar expostos durante três dias, como um método de aterrorizar a  população local
Crianças caminham por rua destruída após bombardeio em Aleppo, na Síria
Com medo de perderem suas vidas nos escombros, muitos sírios foram obrigados a deixar seus pertences e sair em busca de um refúgio. Segundo dados da ONU, 3,7 milhões de pessoas já saíram da Síria para buscar refúgio em outros países. Líbano, Egito, Iraque, Jordânia e Turquia abrigam quase todos os sírios registrados como refugiados
Outros 6,5 milhões de pessoas foram deslocadas dentro da Síria, de acordo com dados da Acnur (Agência das Nações Unidas para Refugiados). Metade dos atingidos são crianças
"A crise síria tornou-se a maior emergência humana da nossa era e, apesar disso, o mundo não consegue atender às necessidades dos refugiados e países que os recebem", disse o alto-comissário da ONU para refugiados, António Gueterres. Estima-se que mais de 12 milhões de pessoas (um terço da população) necessitem de assistência emergencial — A resposta à crise síria tem sido generosa, mas a verdade cruel é que ainda não é suficiente
Nesta terça-feira (22), a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) proibiu companhias aéreas americanas de voar para o aeroporto de Tel Aviv, após um foguete aparentemente disparado por palestinos cair perto do aeroporto Ben Gurion. Após as autoridades americanas anunciarem a medida, a Agência Europeia da Segurança Aérea (EASA, na sigla em inglês) emitiu uma circular em que "recomenda enfaticamente que usuários do espaço aéreo se abstenham de operar no Aeroporto Internacional de Tel Aviv Ben Gurion". Algumas companhias aéreas europeias, como Lufthansa, Air France e KLM, cancelaram voos
Mais de 40 pessoas morreram em 24 horas de ataques aéreos contra bairros rebeldes situado no leste da cidade de Aleppo, afirmou nesta quarta-feira o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A aviação bombardeou Hay Qatané, Tariq al Bab, Bustane al Wasr, Bani Zeid, Mghayer e Lairamun, deixando 22 mortos na véspera. Nesta quarta, outras 21 pessoas morreram em um novo ataque contra Mghayer, segundo a mesma fonte.

Uma revolta popular contra o presidente sírio, Bashar al Assad, iniciou uma guerra na Síria em março de 2011. Após a repressão brutal do governo, a guerra ganhou as dimensões de um conflito civil com apoiadores regionais. Hoje, quatro anos depois, o conflito já deixou mais de 200 mil mortos, 3,7 de refugiados e milhares de cidades destruídas

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