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Não é segredo que o uso de protetor solar é essencial para evitar queimaduras e se proteger do Sol. No entanto, alguns componentes da fórmula podem afetar o meio ambiente, contribuindo para o branqueamento dos recifes de corais e prejudicando outros tipos de vida marinha.
Em razão disso, alguns destinos estão proibindo a venda de filtros solares que contenham algumas substâncias, como oxibenzona, octinoxato e octoerileno. Saiba quais são os lugares do mundo em que certos protetores são proibidos
*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques -
Havaí (EUA)
A partir de 1º de janeiro de 2021, entrou em vigor a proibição da venda de protetores solares que contêm oxibenzona e octinoxato aprovada pelo Havaí em 2018. O estado ainda tem uma legislação pendente para ampliar a lista de substâncias proibidas.
A lei fez do Havaí o primeiro estado dos Estados Unidos a proibir oficialmente a venda de certos protetores solares e se aplica principalmente a lojas que vendem os produtos no estado, mas os visitantes devem utilizar um protetor solar mineral, que se alinha com a nova mudança, se planejam trazer seus próprios -
Arquipélago de Palau, Oceano Pacífico
O Arquipélago de Palau, no Oceano Pacífico, foi primeira nação a banir filtros solares que contêm substâncias prejudiciais aos oceanos, em janeiro de 2020.
A proibição se aplica tanto à venda quanto ao uso de protetores solares contendo dez produtos químicos, incluindo oxibenzona, octinoxato, octocrileno e certos parabenos (ou conservantes) -
Aruba
Aruba proibiu protetores solares contendo oxibenzona desde julho de 2020 como parte de uma lei ambiental mais ampla que proíbe plásticos descartáveis.
A restrição proíbe a importação, venda e produção de protetor solar contendo oxibenzona, de acordo com o conselho de turismo de Aruba, que recomenda que os turistas levem apenas protetores solares seguros para recifes se não planejam comprar o produto na ilha -
Bonaire, Caribe
Município especial dos Países Baixos, Bonaire, no Caribe, restringiu a venda de protetores solares contendo produtos químicos tóxicos para os recifes em janeiro de 2021.
A ilha, que já cobra taxas ambientais exorbitantes dos mergulhadores em um esforço para conservar os recifes coloridos, permite a venda de apenas alguns tipos de filtro solar e os turistas são incentivados a trazer só protetores biodegradáveis -
Tailândia
Em agosto de 2021, a Tailândia decidiu proibir o uso de protetores solares nos parques nacionais marinhos. Loções disponíveis no mercado que contenham substâncias como oxibenzona, octinoxato, 4-metilbenzilideno, cânfora e butilparabeno são alvo da proibição.
Embora as autoridades não tenham esclarecido como planejam aplicar o monitoramento, infratores podem enfrentar uma multa equivalente a US$ 3.000 (cerca de R$ 16 mil) -
Reservas de ecoturismo no México
As piscinas naturais do México ou as praias de mergulho em Cancún, Playa del Carmen ou Cozumel proíbem os visitantes de usar determinados protetores solares.
Parques aquáticos naturais como Xcaret e Xel-Ha exigem que os visitantes usem apenas protetores solares minerais ao nadar em rios subterrâneos, que se conectam ao subsolo e abrigam uma abundância de vida selvagem -
Fernando de Noronha (Brasil)
Diferente das demais, o uso de qualquer tipo de protetor solar é proibido se você for visitar as piscinas naturais em Fernando de Noronha, como por exemplo a praia da Atalaia.
A medida também é tomada para preservar a saúde do ecossistema marinho da área -
Ilhas Virgens Americanas (EUA)
As Ilhas Virgens Americanas baniram totalmente os protetores solares contendo oxibenzona, octoerileno e octinoxato em março de 2020.
A decisão pode ter a ver com o fato de que a cadeia de ilhas foi um assunto em um estudo de anos sobre os efeitos de protetores solares químicos em recifes, no qual na água do mar retirada do popular local de natação Trunk Bay, no Parque Nacional das Ilhas Virgens, foram encontradas algumas das maiores concentrações de oxibenzona do estudo -
Key West (EUA)
Depois de votar para aprovar as próprias restrições de filtro solar em 2019, a cidade de Key West foi impedida em 2020 pelo então governador da Flórida, Ron Desantis, de proibir qualquer protetor.
Um porta-voz da cidade diz que a cidade ainda se esforça para manter a restrição, embora não tenha planos atuais de rever a legislação de proteção solar. Ainda assim, os visitantes podem se alinhar com os tentativas reprimidas de Key West e escolher um protetor solar não nanomineral