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Governo da Venezuela anuncia dois primeiros acordos com a oposição

Negociação se refere à "ratificação e a defesa da soberania sobre a Guiana Essequiba" e a "proteção econômica e social" 

Internacional|

Jorge Rodríguez é o presidente do Parlamento da Venezuela e defensor de Nicolás Maduro
Jorge Rodríguez é o presidente do Parlamento da Venezuela e defensor de Nicolás Maduro Jorge Rodríguez é o presidente do Parlamento da Venezuela e defensor de Nicolás Maduro

O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (6) dois primeiros acordos parciais com a oposição após a segunda fase das negociações com a oposição realizadas no México.

Os dois acordos são "a ratificação e a defesa da soberania da Venezuela sobre a Guiana Essequiba" e a "proteção econômica e social dos venezuelanos", disse Jorge Rodríguez, representante do governo na negociação e presidente da Assembleia Nacional (Parlamento do país).

Já o segundo acordo, ainda de acordo com Rodríguez, "refere-se, principalmente, à necessidade da Venezuela de resgatar, recuperar bens, recuperar o dinheiro que está depositado em contas no exterior" e pertence aos cofres públicos venezuelanos.

O político chavista anunciou que retomará as negociações em uma terceira etapa, de 24 a 27 de setembro, também no México, onde as delegações que representam as duas partes negociam desde a primeira rodada, realizada de 13 a 15 de agosto, quando assinaram um memorando de entendimento sobre uma agenda comum.

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A segunda fase de negociações, que culminou nesses dois acordos, começou na última sexta-feira. Neste processo de diálogo, promovido pela Noruega e do qual o México só participa como sede, a oposição exige eleições "livres" - o país terá um pleito regional em 21 de novembro.

Já o presidente Nicolás Maduro tenta criar um cenário que favoreça a derrubada das sanções internacionais. "Os resultados desta mesa redonda beneficiarão todas as mulheres venezuelanas e todos os venezuelanos. Conseguimos novamente no México", declarou Rodríguez a jornalistas no hotel da capital mexicana onde as conversas foram realizadas.

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O primeiro acordo simboliza a luta unificada para recuperar a Região de Essequibo, uma área de 159.500 quilômetros quadrados rica em recursos naturais e minerais e que é disputada por Venezuela e Guiana há muitos anos.

O segundo, de maior alcance, é o "acordo parcial para a proteção social do povo venezuelano", com o qual o governo de Maduro pretende recuperar bens que foram congelados no exterior. "Estes são recursos que também pertencem à Venezuela e que foram roubados ilegalmente através da figura do 'excesso de cumprimento', que do ponto de vista do governo bolivariano são ilegais, que são medidas coercitivas, erroneamente chamadas de sanções", argumentou.

O aliado de Maduro declarou que os recursos serão usados "principalmente para o combate à covid-19", "adquirir o restante das vacinas que faltam", equipar hospitais e fortalecer programas alimentares. "Não precisamos que ninguém nos dê nada, não precisamos que ninguém nos dê nada, não precisamos disso, temos recursos suficientes, que também pertencem a todo o povo da Venezuela e que são mais do que suficientes", alegou.

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