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Governo da Venezuela prende mais 11 envolvidos na Operação Gedeon

Dois assessores de Juan Guaido renunciaram após a incursão militar falhar; Juan Jose Rendon e Sergio Vergara se demitiram nesta segunda (11)

Internacional|Do R7

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Ministro do Interior, Nestor Reveról, anunciou a prisão de três ex-sargentos
Ministro do Interior, Nestor Reveról, anunciou a prisão de três ex-sargentos

Seguindo as buscas para desmantelar o núcleo responsável pela chamada Operação Gedeon, o governo da Venezuela prendeu outros 11 envolvidos na ação que pretendia prender Nicolas Maduro e enviá-lo a Miami.

No domingo, três ex-sargentos foram localizados na cidade de Colonia Tovar, no estado de Aragua. A informação foi publicada no twitter do ministro do Interior, Nestor Reveról.


Ainda no domingo, outros oito suspeitos foram presos em uma região montanhosa chamada Petaquirito, a 50 kms de Caracas. Nesta ação, realizada à noite, foi capturado o sobrinho do ex-general venezuelano opositor Clíver Alcalá Cordones.

Leia mais: O que se sabe sobre a tentativa de capturar Maduro na Venezuela


O militar da reserva já foi uma pessoa de confiança de Hugo Chavez, mas hoje integra a oposição. Alcalá é uma das pessoas que apoiaram o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaido. Mas no dia 28 de março, Alcalá se entregou e foi extraditado por tráfico de drogas para os Estados Unidos.

Mais de 30 pessoas já foram detidas desde o início da operação no dia 3 de maio, incluindo dois norte-americanos. Além disso, foram encontrados coletes à prova de balas com bandeiras da Colômbia e dos EUA, bem como capacetes, equipamentos de localização (GPS), barcos de combate e fuzis de assalto.


Assim que o primeiro barco com mercenários foi neutralizado pelas forças policiais, o presidente autoproclamado Juan Guaidó negou participação na incursão militar intitulada Operação Gedeon. Contudo, o contrato com a empresa Silvercop publicado conta sua com assinatura.

Mais tarde, seu principal assessor Juan Jose Rendon, confirmou a existência do contrato e de sua assinatura nele, durante uma entrevista à CNN. Mas afirmou que o conteúdo do contrato não teria sido executado.


Renúncia de assessores

Guaidó afirmou que após a tentativa de invasão falida dois de seus assessores se demitiram. Segundo o jornal The New York Times, Juan Jose Rendon e Sergio Vergara renunciaram ao cargo. Guaidó agradeceu "a dedicação e compromisso" e afirmou que aceita a renúncia dos dois.

Assinatura de Guaidó aparece em contrato de mercenários
Assinatura de Guaidó aparece em contrato de mercenários

Os dois assessores teriam sido pressionados pelos próprios integrantes da oposição, que não estavam de acordo com o plano militar. Além disso, existia um diálogo entre o governo de Maduro e outros líderes da oposição na ocasião da incursão.

Em uma carta publicada em sua conta de twitter, Juan Jose Rendon negou que o plano incluisse "ações violentas muito menos ilegais com personagens procurados pela justiça e com contas pendentes em vários paises".

Rendon afirmou ter pago de seu próprio bolso US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil) a Silvercop para gastos iniciais. Militares venezuelanos e colombianos foram treinados em território colombiano para executar um plano de captura do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Contudo, o ex-militar norte-americano e diretor da Silvercop, Jordan Goudreau, disse que não recebeu o pagamento completo pela execução do contrato no valor de US$ 212 milhões. Os valores teriam como origem nas contas bloqueadas da estatal pretroleira venezuelana (PDVSA). 

Denúncia na Justiça

O procurador-geral da República da Venezuela, Tarek William Saab afirmou em uma coletiva de imprensa que 31 pessoas já foram acusadas formalmente.

Saab afirmou que ai solicitar a extradição de dois assessores do líder da oposição Juan Guaidó, acusado de assinar um acordo com uma empresa de segurança para invadir o país, assim como o representante da Silvercop, todos residentes nos Estados Unidos.

"Pediremos sua inclusão no sistema de circular vermelha da Interpol (...), pediremos sua extradição para território venezuelano", disse Saab sobre os venezuelanos Sergio Vergara e Juan José Rendón e o americano Jordan Goudreau, representante da empresa de segurança Silvercorp.

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