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Percentual de infectados no Reino Unido disparou
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645,8 mil pessoas foram infectadas pelo coronavírus em uma semana
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Houve aumento de casos entre pessoas com 50 e 69 anos
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País registrou maior número de mortes diárias desde abril
Londres concentra maioria dos novos casos de covid-19 no Reino Unido
Hannah McKay/ReutersUma em cada 85 pessoas teve diagnóstico positivo de covid-19 na semana passada na Inglaterra, principalmente em Londres, no leste e sudeste da Grã-Bretanha, informou o ONS (Escritório Britânico de Estatísticas Nacionais) nesta quinta-feira (24).
O Reino Unido se tornou o segundo país com maior número de novas infecções hoje, atrás dos Estados Unidos.
Segundo dados do ONS, na semana de 12 a 18 de dezembro, um total de 645,8 mil pessoas foram infectadas pelo coronavírus, cerca de uma em cada 85 pessoas.
O percentual disparou principalmente na capital — que atualmente apresenta os maiores percentuais de infecções —, leste e sudeste da ilha, com "positivos compatíveis com a composição genética da nova variante do covid-19", observou o ONS.
As infecções aumentaram em todas as faixas etárias, mas há indícios que apontam para uma diminuição do número de infectados pelo vírus na população com mais de 70 anos e um ligeiro aumento entre os 50 a 69 anos.
Nas últimas 24 horas, os casos no Reino Unido cresceram para 39.237, segundo dados de quarta-feira (23), um aumento de 14.076 novas infecções em relação a sete dias antes.
Além disso, foram registradas 744 mortes, o maior número em um dia desde abril, elevando o número total de mortes para 69.051.
Uma nova variante do coronavírus foi reconhecida publicamente no último domingo pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e estima-se que se espalhe principalmente na capital Londres, com 68% dos casos positivos compatíveis com essa nova mutação do vírus.
Enquanto no sudeste e no leste da Inglaterra, 65% dos casos da nova variante são estimados, de acordo com o Escritório Britânico de Estatísticas Nacionais.
A nova cepa pode ser até 70% mais contagiosa do que a mutação anterior, o que seria uma explicação para o aumento de casos positivos na capital britânica e nas regiões sudeste e leste do Reino Unido.