Israelenses votaram para escolher parlamentares pela quarta vez em apenas dois anos
Atef Safadi / EFE - EPA - 23.3.2021O Likud, partido do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve vencer as eleições desta terça-feira (23) no país e está perto de formar a maioria no parlamento em parceria com ultraortodoxos e a extrema-direita, de acordo com as pesquisas de boca de urna divulgadas após o fechamento das seções eleitorais.
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A legenda, segundo as pesquisas, deve conseguir 53 ou 54 cadeiras, o que deve garantir Netanyahu como premiê, já que o partido de direita Yamina, de Naftali Bennett, conseguirá de 7 a 8 cadeiras, segundo as projeções, e o Partido Religioso Sionista, outro aliado, 6 ou 7.
Para formar um governo, é preciso que um partido ou aliança política consiga ao menos 61 das 120 cadeiras que compõem o Knesset (o Parlamento israelense).
O principal rival de Netanyahu, o centrista Yair Lapid, do partido Yesh Atid, conquistará de 16 a 18 cadeiras, e o Partido Trabalhista, outras 7, de acordo com a boca de urna.
O Azul e Branco, do centrista Benny Gantz, e o esquerdista Meretz, que lutam para passar a cláusula de barreira, ganhariam de 7 a 8 e 6 a 7 cadeiras, respectivamente.
A Lista Unida Árabe perderia cadeiras e ficaria com 8 ou 9, e o partido islâmico Raam, que rompeu com a coalizão, não ultrapassaria a cláusula de barreira.
O secular e de extrema-direita Israel Nosso Lar, liderado por Avigdor Lieberman, contrário à negociação com Netanyahu, teria uma representação de 6 a 8 deputados.
Gideon Sa'ar, um ex-membro do Likud, que fez sua estreia nestas eleições com o recém-criado partido Nova Esperança para destituir Netanyahu, entraria no Parlamento com 5 ou 6 cadeiras.