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Jovem organiza protestos solitários para pressionar Rússia sobre clima

Arshak Makichyan, de 26 anos, foi preso por seis dias por liderar um ato de três pessoas que autoridades municipais não permitiram em 2019

Internacional|Do R7, com Reuters

Apesar de protestos solitários, ativista é frequentemente preso
Apesar de protestos solitários, ativista é frequentemente preso Apesar de protestos solitários, ativista é frequentemente preso

O jovem violinista que segurava um cartaz dizendo "Greve pelo Clima" em uma praça de Moscou não teve que esperar muito pela chegada da polícia. Seu protesto solitário durou apenas 30 minutos, até ser detido pela segunda sexta-feira consecutiva.

O isolamento causado pela covid-19 na cidade acabou, mas os protestos continuam ilegais, apresentando um novo desafio para a missão de Arshak Makichyan de construir um movimento para pressionar o governo do país que é quarto maior emissor de gases do efeito estufa do mundo.

Inspirado por Greta Thunberg no final de 2018, ele organiza protestos políticos toda semana.

Mas, ao contrário da adolescente sueca, que estimulou um movimento global de jovens ambientalistas, as duras leis de protesto da Rússia e a apatia geral das pessoas em relação ao ativismo tornaram a campanha do jovem de 26 anos solitária.

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Makichyan muitas vezes é o único ativista a comparecer. No ano passado, ele foi preso por seis dias por liderar um protesto de três pessoas que as autoridades municipais não autorizaram. Uma vez, um transeunte ameaçou esfaqueá-lo.

Também foi detido ao retornar à Russia após uma viagem a Madri, onde discursou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2019.

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"O medo surge sempre que algo acontece, mas tenho que fazer alguma coisa com isso porque, de qualquer forma, se entende que nosso futuro está ameaçado", disse ele.

"Sei que podemos ter um impacto na situação, então é claro que não vou desistir.”

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"A crise climática está em curso na Rússia... Há constantes desastres ecológicos em várias regiões. O governo não está fazendo nada", acrescentou ele.

Na Rússia, protestos individuais são permitidos, mas qualquer ato que reúna mais pessoas necessita de permissão das autoridades, algo que raramente é concedido.

Cerca de 70% da energia utilizada na Rússia é produzida a partir de combustíveis fósseis poluentes. Dados do próprio governo mostram que o território russo está aquecendo 2,5 vezes mais rápido do que o resto do planeta.

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