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Jovens mortos: México prende militar acusado de ligação no caso

Capitão José Martínez Crespo foi o primeiro integrante do exército a ser detido por suposto envolvimento no caso do sumiço de 43 estudantes 

Internacional|Da EFE

Jovens estudantes desapareceram em 2014
Jovens estudantes desapareceram em 2014 Jovens estudantes desapareceram em 2014

As autoridades mexicanas prenderam o capitão José Martínez Crespo pelo suposto envolvimento no caso do desaparecimento de 43 estudantes de Ayotzinapa em 2014, tornando-o o primeiro integrante do exército a ser detido por suposto envolvimento no caso.

Acusado de crime organizado na forma de tráfico de drogas, Crespo foi levado para a prisão do campo militar número 1-A, localizada no oeste da Cidade do México. Ele se apresentou voluntariamente.

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As famílias das vítimas foram informadas da detenção na noite de ontem, e o capitão prestou depoimento hoje. Ele agora aguarda a definição de seu status legal. Embora a prisão esteja relacionada ao caso Ayotzinapa, a acusação contra Crespo é pelo crime organizado e não pelo desaparecimento.

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Segundo a polêmica versão do governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto, na noite de 26 de setembro de 2014, os 43 alunos da escola para professores de Ayotzinapa foram presos por policiais corruptos de Iguala e entregues ao cartel Guerreros Unidos, que os assassinou, incinerou os corpos no lixão de Cocula e os jogou em um rio.

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O relato, conhecido como "a verdade histórica", foi questionado por membros da família e por uma investigação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e seu Grupo Interdisciplinar de Peritos Independentes (GIEI), que considera que os corpos não podiam ser queimados naquele local.

Quando López Obrador tomou posse, foi criada uma Comissão da Verdade com as famílias e o Ministério Público, que reiniciou a investigação contra os responsáveis pelo desaparecimento e contra as autoridades que criaram um relato falso dos acontecimentos através de medidas de tortura contra os supostos envolvidos.

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"Para nós, é uma notícia positiva porque as ações criminais já estão sendo levadas ao conhecimento das autoridades federais e elas terão que ser responsabilizadas", declarou o advogado das famílias, Vidulfo Rosales, à Agência Efe sobre a prisão de Crespo.

Rosales afirmou que até agora houve várias detenções relacionadas ao cartel Guerreros Unidos e de outros "funcionários menores" por irregularidades na investigação do caso.

"Mas os funcionários que são acusados de participação direta ou indireta nos eventos, nós não temos", ponderou o advogado, que lembrou que há outros mandados de prisão pendentes contra militares.

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