Estado de mergência após a explosão no porto de Beirute foi prorrogado
Nabil Mounzer / EFE - EPA - 26.8.2020O presidente do Líbano, Michel Aoun, anunciou nesta quarta-feira (26) a prorrogação do estado de emergência no país até o fim deste ano, para tentar conter a prorrogação do novo coronavírus, depois de um aumento no número de casos ocorrido após a megaexplosão no porto de Beirute em 4 de agosto.
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Após reunião entre o Conselho Supremo de Defesa, foi definida a extensão da medida até 31 de dezembro, o que representa uma "mobilização geral" do governo para a implementação de medidas e procedimentos impostos pelo Ministério do Interior contra o patógeno que provoca a covid-19, segundo explicou o chefe de Estado.
Entre as normas impostas, está obrigação do uso de máscara em qualquer espaço público e a obrigação de bares e restaurantes de não ultrapassarem 50% da ocupação dos estabelecimentos.
Segundo Aoun, o Conselho Supremo de Defesa pediu que todos os militares e integrantes de força de segurança sejam rígidos para fazer cumprir as normas decretadas, assim como contra qualquer violação que possa levar a propagação do novo coronavírus.
O governo do Líbano decretou estado de emergência em 15 de março, por causa da pandemia da covid-19. Hoje, antes do início da reunião de cúpula, o primeiro-ministro interino, Hasan Diab, afirmou que a situação no país pode ficar fora de controle, se o número de casos de infecção seguir aumentando.
Desde o mês passado, o contágio vinha aumentando no país, mas a partir de 4 de agosto, quando quase 3 mil toneladas de nitrato de amônio explodiram no porto de Beirute, provocando mortes e destruição a quilômetros de distância, houve uma alta acentuada.
Desde o último dia 18, as autoridades já tinham decretado toque de recolher, que vigorará até 6 de setembro.
Ontem, o Líbano contabilizou 12 mortes em decorrência da covid-19, um recorde diário desde o início da pandemia, o que elevou o total para 138. Além disso, o país já registrou 13.687 casos de infecção.