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Macron precisará de tempo para reformar economia em uma França dividida

Presidente eleito na França promete reformas trabalhista, tributária e previdenciária

Internacional|Do R7


Macron vai tentar implementar sua agenda de reformas em um momento em que a França está mais dividida
Macron vai tentar implementar sua agenda de reformas em um momento em que a França está mais dividida

Depois de uma década de crescimento lento, desemprego em alta e diminuição da competitividade, a França elegeu um presidente neste domingo (7) que diz ter um plano para tirar o país da crise econômica.

Emmanuel Macron, um ex-banqueiro de investimento que desistiu do governo de François Hollande por frustração com o ritmo lento das reformas, promete reformar o mercado de trabalho e simplificar os sistemas tributários e previdenciários, além de rever regulamentações que segundo ele dificultam a inovação.

Mas à medida que ele se prepara para entrar no Palácio de Elysee após derrotar a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, o ex-ministro da economia de 39 anos de idade enfrenta grandes obstáculos.

Ele vai tentar implementar sua agenda de reformas em um momento em que a França está mais dividida do que nunca sobre como responder às forças disruptivas da globalização.


Macron fala em união e afirma que ouvirá "todos os franceses"

A campanha eleitoral mostrou que quase metade do país preferiria uma abordagem dirigista da economia, em que o papel do Estado francês fosse expandido, e não encolhido, como propõe Macron.


Para ter uma chance de implementar seus planos, ele terá que garantir apoio parlamentar, o que vai depender de como seu partido novo, En Marche! (Adiante!) vai se sair nas eleições legislativas no próximo mês. E mesmo que obtenha a maioria de que precisa, é provável que muitas de suas reformas levem meses, ou até mesmo anos, para produzir resultados.

Atrasos poderiam expor Macron e seu governo à mesma oposição que há alguns anos retirou do governo alemão o chanceler Gerhard Schroeder, responsável pelas reformas da "Agenda 2010" da Alemanha. "Macron está prometendo uma abordagem incremental cujo sucesso dependerá das negociações com os sindicatos", disse Gilles Moec, economista-chefe do Bank of America Merrill Lynch.

— Eu entendo a estratégia, mas ela não é algo que dará resultados imediatos. Vai exigir tempo.

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