Dezenas de trabalhadores franceses contrários às reformas previdenciárias inundaram a sede do grupo Louis Vuitton, em Paris, nesta quinta-feira (13), em protesto em que pedem que os ricos contribuam mais para financiar a pensão do Estado (assista abaixo):
Mais de 100 manifestantes foram vistos circulando pelo saguão de entrada com painéis de madeira do prédio na luxuosa avenue Montaigne e subindo uma escada rolante que leva aos andares superiores. Outros lotaram a rua do lado de fora, muitos agitando bandeiras do sindicato dos ferroviários Sud Rail.
"Se você está procurando dinheiro para financiar pensões, tire-o do bolso dos bilionários", disse Fabien Villedieu, representante do sindicato Sud Rail, enfatizando que o protesto foi " simbólico e pacífico".
Os sindicatos da França estão realizando greves e marchas desde meados de janeiro em protesto contra os planos do presidente Emmanuel Macron de aumentar a idade legal de aposentadoria. Nesta quinta, houve mais manifestações em toda a França, com os sindicatos pedindo uma demonstração de força nas ruas um dia antes da decisão do Conselho Constitucional sobre a legalidade do projeto de lei que aumentaria a idade de aposentadoria em dois anos, para 64 anos.
O governo diz que é necessário aumentar a idade de aposentadoria para a maioria dos trabalhadores para equilibrar o orçamento previdenciário nos próximos anos. Os sindicatos dizem que o dinheiro pode ser encontrado em outro lugar.
O bilionário presidente e diretor-executivo do grupo, Bernard Arnault, tem sido alvo frequente de slogans e cânticos durante protestos na França.
O grupo Louis Vuitton se beneficiou de uma recuperação pós-pandêmica na demanda por bens de luxo, e suas ações subiram quase 26% desde o início deste ano, consolidando sua liderança como a empresa mais valiosa da Europa.
Franceses fazem mais um dia de protestos contra a reforma da Previdência de Macron