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Médicos do Equador sugerem adiar fim do isolamento social

O prefeito de Quito solicitou ao Comitê de Operações de Emergência que adiasse a data da mudança de fase de isolamento para distanciamento social

Internacional|Da EFE

Autoridades defendem adiar a nova fase do distanciamento social
Autoridades defendem adiar a nova fase do distanciamento social Autoridades defendem adiar a nova fase do distanciamento social

A união médica de Guayaquil, a cidade mais atingida pela pandemia de coronavírus no Equador, sugeriu neste domingo (26) adiar a entrada na fase de distanciamento, o que levantaria as restrições de quarentena, considerando que ainda não é prudente as pessoas saírem de suas casas.

Leia mais: Província do Equador dobra número de casos de infecção por coronavírus

Isso foi apontado à Efe pelo presidente do Colégio de Médicos da província de Guayas, Wilson Tenorio, especificando que ainda deve ser determinado se o sistema de saúde e, principalmente, os cidadãos estão prontos para deixar a estrita quarentena de isolamento.

Tenório, comentando que essa é uma posição compartilhada pela Federação de Médicos do Equador, enfatizou que as condições atuais para o avanço da pandemia não são as mais convenientes para passar à fase de distanciamento.

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Na sexta-feira passada, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, confirmou que em 4 de maio a mudança será "do isolamento para o distanciamento social", como estratégia para enfrentar o impacto da pandemia da covid-19, embora tenha esclarecido que isso não significa que a população fica confinada novamente se a pandemia piorar.

Moreno justificou sua decisão de retomar, de maneira controlada e coordenada, algumas atividades de trabalho, com a queda de certos indicadores da doença, como a redução do número diário de infecções e atendimento de emergência.

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Esses fatores podem permitir uma pausa no sistema de saúde sobrecarregado, acrescentou o presidente, que também alertou que o extenso confinamento causa problemas na economia popular.

Cidadãos preparados

No entanto, "é necessário considerar se o sistema de saúde já é capaz de controlar" a pandemia e um novo surto, caso ocorra novamente, disse Tenorio.

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Da mesma forma, o médico disse que deveria ser analisado se os cidadãos "são devidamente capacitados por todas as regras que devemos seguir" para evitar a disseminação do contágio nas ruas.

Por esses motivos, Tenorio insistiu: "não recomendamos" a mudança para a fase de distanciamento, embora tenha deixado claro que seu sindicato respeita as decisões do governo que, como ele aceitou, são tomadas após muitas consultas com especialistas.

"Como sindicato, não o consideramos prudente, mas respeitamos" a decisão, reiterou o médico que sugeriu ao Estado "fortalecer e fortalecer os sistemas de saúde" e "o empoderamento da comunidade" nos padrões de saúde.

Tenório disse que o Colégio de Médicos de Guayas está disposto a "apoiar-se no ombro e encontrar soluções, superar obstáculos e superar dificuldades", com o único objetivo de "salvaguardar a saúde da população e também dos profissionais de saúde".

Adiamento em Quito

Em outras jurisdições do país, especialmente em Pichincha, cuja capital é Quito, também aderiram as vozes das autoridades locais, pedindo que a fase de isolamento domiciliar maciço e obrigatório seja mantida por mais tempo.

A prefeita de Pichincha, Paola Pabón, alertou que a curva epidemiológica em sua jurisdição poderia atingir o pico em 17 de maio, e pediu que a data da abertura fosse adiada para evitar mais infecções.

Também o prefeito de Quito, Jorge Yunda, solicitou ao Comitê de Operações de Emergência (COE) que adiasse a data da mudança de fase de isolamento para a de distanciamento social.

A ministra do Governo (Interior), María Paula Romo, que preside o COE, disse no sábado que esses pedidos serão analisados, mas que a possibilidade de aceitá-lo dependerá de uma avaliação científica feita em cada jurisdição do país.

Ele lembrou que o COE decidiu passar por uma fase de "distanciamento social", que implica o levantamento de certas restrições à mobilidade para favorecer uma reativação controlada do trabalho no país.

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