Mianmar: organização pede acesso à área antes de retorno de refugiados
Mais de um milhão de rohingyas deixaram seu país por extrema violência
Internacional|Do R7* com agências internacionais
Após o massacre vivido pelos pelos rohingyas em Mianmar, os governos do país e de Bangladesh fecharam um acordo nesta quinta (23) para permitir o retorno em segurança das milhares de pessoas da minoria muçulmana à Rakhine, em Mianmar, como informou a Ansa.
O total dessa população em Bangladesh chega a quase 1 milhão de refugiados. Extremamente preocupados com a situação dessas pessoas, a organização Médicos Sem Fronteiras soltou um comunicado sobre a situação dos refugiados.
"Consideramos que qualquer retorno de refugiados Rohingya para Myanmar só pode ocorrer se as pessoas quiserem retornar voluntariamente se a segurança for garantida.
Em primeiro lugar, e antes de qualquer acordo para o repatriamento de refugiados Rohingya, as causas profundas desse deslocamento em massa devem ser abordadas.
Qualquer discussão sobre o bem-estar dos refugiados em Bangladesh e seu potencial retorno a Mianmar deve incluir as seguintes considerações:
1. As organizações humanitárias internacionais independentes ainda estão impedidas de acessar e operar no norte de Rakhine. O governo de Mianmar decidiu trabalhar com apenas um seleto grupo de organizações, como a Cruz Vermelha de Mianmar, no fornecimento de ajuda. A MSF pede um acesso irrestrito ao Estado de Rakhine para assegurar ajuda aos necessitados.
2. A MSF opõe-se à criação de acampamentos para pessoas deslocadas ou repatriados no norte de Rakhine, pois isso irá agravar a segregação em curso entre as comunidades Rakhine e Rohingya e complicará ainda mais as soluções a longo prazo."
*Texto Andrea Miramontes
Abaixo, relembre como essas pessoas fugiram da violência em Mianmar, que agora acordou em autorizar o retorno: