A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, vai acompanhar o enterro de uma menina de Chicago assassinada dias depois dela ter se apresentado na posse presidencial em Washington. O caso chamou ainda mais a atenção para os danos da violência armada.
Hadiya Pendleton, de 15 anos, foi morta a tiros no dia 29 de janeiro, quando ela e seus amigos se protegiam da chuva embaixo de um toldo em um parque de Chicago, no que a polícia diz que foi um caso de confusão de identidade em uma guerra de gangues por territórios.
Hadiya era estudante e tinha se apresentado com a banda da escola oito dias antes na posse do presidente Barack Obama. Uma recompensa de 40 mil dólares foi oferecida para a elucidação do caso.
A primeira dama, a secretária da Educação dos EUA, Arne Duncan, que é de Chicago, e outros funcionários do governo Obama também pretendem participar do funeral.
A casa da família do presidente fica a cerca de um quilômetro e meio do parque onde Hadiya foi morta, que ocorreu depois de um massacre de 20 alunos da primeira série e de seis adultos em uma escola do ensino fundamental de Connecticut, em dezembro, que levou a um intenso debate sobre o fácil acesso à armas nos EUA.
Em resposta, Obama pediu novas restrições a armas de assalto e pentes de alta capacidade de munição.
Centenas de pessoas formaram longas filas na sexta-feira para homenagear a estudante em uma casa funerária de Chicago. Um deles era seu antigo treinador de basquete, Bryan King.
— Ela tinha um sorriso lindo. Ela era uma 'garota feminina', mas você não imagina como ela podia ser tão forte e resistente como ela era. Ela era uma das poucas meninas que de fato pulavam para pegar os rebotes.