As Forças da Síria Democrática (FSD), principal aliança armada liderada pelos curdos, negaram envolvimento com o atentado realizado neste sábado (2) com um carro bomba em Tel Abiad, na Síria, próximo a fronteira com a Turquia.
"É normal que nos acusem por essa explosão, mas nossas forças não fizeram esse ataque", afirmou à Agencia Efe Mervan Qamishli, um dos porta-vozes militares das FSD.
O ministério de Defesa da Turquia informou que a ação deixou 13 mortos e feriu 20 pessoas e responsabilizou as milícias curdas, pelas características do atentado. A principal suspeita recaiu sobre a milícia curdo síria Unidades de Proteção do Povo (YPG).
"Acreditamos que esse ataque e outros foram realizados pelos serviços turcos de inteligência, para manchar a reputação das forças curdas", relatou Qamishli.
As YPG são as principais componentes das Forças da Síria Democrática. O governo da Turquia classifica as Unidades de Proteção do Povo como terroristas, devido os vínculos com a guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, por sua vez, divulgou que o total de mortos no atentado foi de 14, incluídos civis e combatentes de facções sírias pró-Turquia. Além disso, teriam sido 21 feridos.