Motorista de van que matou 13 em Barcelona segue foragido
Dois suspeitos foram presos; nenhum tinha antecedentes ou ligações com o terrorismo
Internacional|Da Ansa

A polícia da Catalunha confirmou na noite desta quinta-feira (17) que dois homens foram presos por suspeita de ligação com o atentado terrorista que matou pelo menos 13 pessoas e feriu mais de cem em Barcelona.
Segundo Josep Lluís Trapero, major dos "Mossos d'Esquadra", nome da força policial catalã, um é originário de Melilla, enclave espanhol no norte da África, e outro é do vizinho Marrocos. Nenhum deles tinha antecedentes criminais ou ligações anteriores com o terrorismo.
Ainda de acordo com Trapero, nenhum dos dois presos estava ao volante da van que invadiu as Ramblas.
— Detivemos duas pessoas diretamente implicadas no atentado, mas nenhuma delas era o condutor do furgão.
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Quando o veículo se chocou contra um quiosque comercial, o motorista abriu a porta e saiu correndo, sem dar nenhum grito.
"Não há nenhuma prova de que a pessoa que saiu da van estava armada", disse Trapero, acrescentando que a vontade do terrorista era a de "matar o maior número possível de pessoas".
A polícia da Catalunha também investiga uma suposta conexão entre o atropelamento e a explosão de uma casa em Alcanar, a 200 km de Barcelona, que deixou uma pessoa morta e várias feridas. O local, que ficou totalmente destruído, tinha cerca de 20 cilindros de gás.
O suspeito espanhol foi capturado na própria Alcanar, enquanto o marroquino está detido em Ripoll, a 80 km de Barcelona e vizinha a Vic, onde foi encontrada uma van supostamente usada para a fuga dos terroristas.
Em sinal de condolência pelo atentado, o governo catalão declarou três dias de luto na comunidade autônoma e suspendeu todas as atividades "lúdicas" preparadas para os próximos dias nas cidades da região.
