Mulher escapa após ser mantida em cativeiro por cinco anos por casal na França
Vítima de 40 anos relatou ter sido forçada a comer com detergente e a dormir em uma cadeira no interior de uma garagem
Internacional|Do R7
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Autoridades francesas prenderam um casal acusado de sequestrar e torturar uma mulher durante um período de cinco anos na cidade de Saint-Molf, no oeste da França.
A vítima, de 40 anos, conseguiu escapar no dia 14 de outubro, quando buscou ajuda na casa de um vizinho, segundo a BFM TV.
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Os suspeitos são uma auxiliar de enfermagem, na casa dos 60 anos, e seu namorado, de 82 anos. Ambos foram detidos sob acusações de sequestro e tortura, informou o gabinete do procurador público de Nantes. A identidade dos dois, assim como a da mulher libertada, não foi divulgada pelas autoridades.
De acordo com o promotor Antoine Leroy, a vítima inicialmente dividia o imóvel com a mulher suspeita. No entanto, a situação teria se deteriorado quando o companheiro da suspeita passou a morar na casa. A partir desse momento, a mulher teria sido expulsa do quarto e forçada a viver em condições cada vez mais degradantes.
Primeiro, ela teria sido colocada em uma barraca no quintal. Depois, foi trancada no interior da garagem, onde dormia em uma cadeira de praia e usava potes e sacos plásticos como banheiro. As investigações indicam que a porta do local estava bloqueada externamente com blocos de concreto, o que confirma o relato da vítima.
Durante os anos de cativeiro, a mulher também teria sido obrigada a comer mingau misturado com detergente, segundo relatos da promotoria. Além dos maus-tratos físicos e psicológicos, os suspeitos são acusados de ter esvaziado a conta bancária da vítima, explorando sua vulnerabilidade e fragilidade emocional.
A fuga aconteceu quando o homem assistia televisão, permitindo que a mulher saísse da garagem e buscasse socorro. Com sinais de hipotermia, ela foi acolhida por um vizinho, que imediatamente acionou a polícia. O resgate mobilizou equipes médicas e policiais, que confirmaram as condições precárias do local.
Ao serem interrogados, os acusados admitiram que a vítima vivia naquelas condições, mas tentaram minimizar a gravidade da situação, segundo o promotor Leroy. O caso reacendeu o debate sobre abuso contra pessoas vulneráveis e o papel das comunidades pequenas em detectar sinais de violência prolongada.
Os investigadores continuam analisando o histórico financeiro e médico da vítima, além de buscar testemunhos de vizinhos e possíveis alertas ignorados. O casal permanece preso, enquanto o Ministério Público francês conduz o inquérito por sequestro, tortura e abuso de pessoa vulnerável.
O episódio chocou moradores da região de Saint-Molf, uma região pacata conhecida por sua população idosa e tranquilidade. A brutalidade do caso expõe uma face sombria de isolamento social e manipulação psicológica que, segundo autoridades locais, pode se estender silenciosamente por anos antes de vir à tona.
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