Resumindo a Notícia
- O presidente da França disse que não foi descartado o envio de caças à Ucrânia
- Emmanuel Macron afirmou também que é necessária uma solicitação formal de Kiev
- O mandatário francês reforçou que os aviões não deverão ser usados para atacar a Rússia
Presidente da França, Emmanuel Macron, em entrevista coletiva nos Países Baixos
Ludovic Marin/AFP - 30.1.2023O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira (30) que "nada está descartado" ao ser questionado sobre um possível envio de caças à Ucrânia para ajudar o país a repelir a invasão russa.
Em visita a Haia, Macron enumerou os "critérios" a ser considerados antes de qualquer decisão: que a Ucrânia formule "um pedido"; que isso não motive uma escalada do conflito; e que o objetivo não seja "alcançar o solo russo, mas ajudar os esforços de resistência".
"Por definição, nada está descartado", acrescentou o presidente, que indicou que os ucranianos "até hoje não fizeram esse pedido".
"Com base nesses três critérios, continuaremos a analisar caso a caso" as entregas de equipamentos militares, destacou Macron, que impôs as mesmas condições antes de se decidir sobre o eventual envio à Ucrânia de tanques Leclerc de fabricação francesa.
Macron lembrou que o ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, estará nesta terça-feira (31) em Paris para se reunir com o homólogo francês, Sébastien Lecornu.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, destacou que "não há tabus", mas a entrega de caças a Kiev seria "um grande passo". O país também não recebeu até agora um pedido de Kiev nesse sentido, revelou o premiê, que se mostrou de acordo com os critérios enumerados pelo presidente francês.
Após ter hesitado por vários dias, Berlim autorizou na semana passada o envio à Ucrânia de 14 tanques Leopard 2 de fabricação alemã e permitiu que outros países europeus forneçam esses equipamentos a Kiev.
A Alemanha não enviará aviões de combate à Ucrânia, afirmou no domingo (28) o chanceler Olaf Scholz.