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"Não forcem a Ucrânia a escolher entre nós e o Ocidente", diz chanceler russo

Sergei Lavrov também criticou a realização de eleições no dia 25 de maio

Internacional|, com AFP

Manifestantes prestam homenagens às mais de 80 pessoas que morreram nos protestos da última semana
Manifestantes prestam homenagens às mais de 80 pessoas que morreram nos protestos da última semana Manifestantes prestam homenagens às mais de 80 pessoas que morreram nos protestos da última semana

A Ucrânia não pode ser forçada a escolher entre manter laços próximos com a Rússia ou com o Ocidente, disse o chanceler russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira (25).

O comentário foi o mais recente em uma série de alertas feitos por Moscou à União Europeia e aos Estados Unidos para que não tentem influenciar o futuro do antigo Estado soviético.

"É perigoso e contraproducente tentar forçar a Ucrânia a escolher dentro do princípio: 'ou você está conosco ou está contra nós'", disse Lavrov em entrevista coletiva conjunta após encontro com o chanceler de Luxemburgo, Jean Asselborn.

A Rússia e o Ocidente precisam "usar os contatos com as diferentes forças políticas na Ucrânia para acalmar a situação... e não buscarem vantagens unilaterais num momento em que é necessário o diálogo nacional", acrescentou Lavrov.

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Há temores de que a culturalmente dividida Ucrânia possa sofrer um racha interno após três meses de protestos que resultaram na deposição do presidente. Tanto a Rússia como o Ocidente enfatizaram publicamente que não desejam que isso ocorra.

O chanceler francês, Laurent Fabius, disse à emissora de TV France 2 que ninguém está forçando a Ucrânia a fazer uma escolha.

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Lavrov também declarou, nesta terça-feira, ser contrário a uma eleição presidencial antecipada para 25 de maio na Ucrânia, e considera que isto infringe o acordo assinado na semana passada em Kiev para solucionar a crise.

Lavrov insistiu que o acordo, assinado na sexta-feira (22) pelo presidente Viktor Yanukovytch e os líderes da oposição na presença de mediadores europeus, estipulava que uma eleição presidencial não poderia acontecer antes de uma reforma constitucional, prevista para acontecer até setembro.

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— A celebração de eleições em 25 de maio já é uma renúncia ao acordo. Independente do que aconteça é muito importante ater-se aos princípios do acordo.

A Rússia já havia solicitado às novas autoridades ucranianas que respeitassem o acordo, que prevê concessões à oposição, como a organização de eleições presidenciais antecipadas, a formação de um governo de coalizão e uma reforma constitucional.

Yanukovytch, em paradeiro desconhecido desde sábado, foi destituído e em seu lugar foi nomeado um presidente interino, Olexander Turchynov.

A Rússia é o único país que ainda considera válido o acordo assinado na semana passada.

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