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Neonazista confessa ter matado político do partido de Merkel

Walter Lübcke era um político da Alemanha que havia se destacado pela defesa da acolhida de refugiados; ele foi assassinado em 2019

Internacional|Da EFE

Neonazista Stephan Ernst admitiu ter disparado contra Walter Lübcke
Neonazista Stephan Ernst admitiu ter disparado contra Walter Lübcke Neonazista Stephan Ernst admitiu ter disparado contra Walter Lübcke

Um homem de 46 anos, ligado a grupos de neonazistas, confessou nesta quarta-feira (5) ter matado no ano passado Walter Lübcke, ex-presidente da região administrativa de Kassel, no centro da Alemanha, e integrante do partido União Democrata-Cristã (CDU), também da chanceler do país, Angela Merkel.

Stephan Ernst admitiu, em julgamento realizado no tribunal de Frankfurt, ter sido o autor do disparo que matou o político, no dia 1º de julho de 2019. A vítima foi assassinada dentro da própria casa.

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O réu pediu desculpas para a família de Lübcke, sobre o que classificou como um "erro indescritível", que foi cometido por impulso de "falsas ideologias".

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"O que fizemos, não tem e não terá desculpas", afirmou Ernst, que apontou a participação de outro réu, identificado como Markus H., que está sendo acusado como cúmplice e como o responsável por fornecer a arma do crime ao autor.

Autoridades em alerta

Lübcke era um político local que havia se destacado pela defesa da acolhida de refugiados, enquanto cresciam as críticas, mesmo entre aliados conservadores de Merkel, a fechar as fronteiras do país durante a crise migratória de 2015.

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A morte do ex-presidente da região administrativa de Kassel gerou um alerta sobre a violência dos grupos de extrema-direita, em ano que havia crescido em 20% o número de crimes com motivação política na Alemanha.

Ernst é acusado de ir até a casa de Lübcke com o propósito de assassiná-lo e de ter cometido o crime à queima-roupa, após reconhecer o político da CDU sentado na varanda.

O autor confesso e o suposto cúmplice, em outubro de 2015, participaram de um ato em que a vítima defendeu a linha de Merkel sobre o acolhimento de refugiados, segundo o Ministério Público local. A partir disso, Lübcke sofreu diversas ameaças até ser morto.

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