OMS recomenda manutenção em campanhas de vacina de Oxford
Yves Herman/ReutersA Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quarta-feira (17) a manutenção das campanhas de vacinação que utilizam o agente imunizante contra o novo coronavírus desenvolvido pela AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, apesar da suspensão ordenada em vários países.
De acordo com comunicado emitido pela agência, as vantagens do uso da vacina "são maiores que os riscos".
Ainda segundo a OMS, é comum a detecção de efeitos adversos em pessoas que recebem doses de algum dos tipos do medicamento, "o que, não necessariamente, significa que estejam relacionados com a imunização".
A agência ainda destacou que os episódios tromboembólicos detectados em algumas pessoas que receberam a vacina, motivando a suspensão do uso em vários países europeus, "acontecem com frequência e são a terceira doença cardiovascular mais comum".
A paralisação da aplicação em alguns países, apontou a OMS, é uma medida de precaução, que nem todas as autoridades nacionais adotaram, embora tivessem as mesmas informações sobre efeitos adversos.
A agência com sede em Genebra, na Suíça, informou que mantém contato com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, pela sigla em inglês) e outros órgãos regulares, para acompanhar a segurança das vacinas contra o novo coronavírus.
Além disso, a OMS apontou que o Comitê de Assessoramento para a Segurança das Vacinas que mantém, segue analisando os dados da vacina de Oxford e poderá emitir novas recomendações nos próximos dias.
As dúvidas sobre o agente imunizante da companhia afetam em especial a Organização Mundial da Saúde, já que a maioria das doses distribuídas até o momento pelo programa Covax, foram produzidas pela AstraZeneca.
Desde o fim de fevereiro, a iniciativa e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI) distribuíram cerca de 230 milhões de doses do agente da AstraZeneca em 140 diferentes países.
De acordo com a OMS, as vacinas afetadas por suspensões na Europa, foram fabricadas no próprio Velho Continente, enquanto as distribuídas pelo Covax, são provenientes de Índia a Coreia do Sul, o que não deverá afetar o programa.