O líder da oposição venezuelana Leopoldo López disse nesta terça-feira (27), em sua primeira entrevista coletiva em Madri depois de deixar a Venezuela, que nunca quis deixar seu país e que sua intenção é "voltar para libertar a Venezuela".
"Eu não queria deixar a Venezuela, sempre disse; infelizmente, as circunstâncias me levaram a isso", disse o líder da oposição, que descreveu o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, a quem chamou de "criminoso", de "ditadura".
Leopoldo López chegou em Madri no último domingo, depois de sair "clandestinamente" da Venezuela - onde estava na residência do embaixador da Espanha - rumo à Colômbia, de onde embarcou para a Europa.
Guarimbas
Leopoldo López é acusado na Venezuela de fomentar protestos violentos, chamados de guarimbas, que deixaram 43 mortos na Venezuela. As manifestações ocorreram entre fevereiro e maio de 2014 e López foi condenado em 2015 a 15 anos de prisão.
A Venezuela acusou o governo da Espanha da facilitar a fuga do opositor do país. Em agosto deste ano, o presidente Nicolás Maduro concedeu uma série de indultos a diversos presos opositores, contudo Leopoldo López não figurava entre os beneficiados.