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Primeira-ministra da Nova Zelândia anuncia que vai renunciar ao cargo em fevereiro

Jacinda Ardern, de 42 anos, afirmou que não tem 'energia suficiente' para disputar a reeleição neste ano

Internacional|Do R7

Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern
Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern

A primeira-ministra da Nova Zelândia, a trabalhista Jacinda Ardern, anunciou na quarta-feira (18) que deixará o cargo no próximo mês de fevereiro e declarou que não tem "energia" para concorrer à reeleição este ano.

Ardern, de 42 anos, fez o anúncio durante uma reunião do Partido Trabalhista, ao afirmar com voz trêmula: "Não tenho energia suficiente para continuar com o trabalho. Está na hora".

A carismática política conseguiu revalidar seu mandato com maioria esmagadora em outubro de 2020 e que o Partido Trabalhista governasse sozinho, algo que nenhuma legenda neozelandesa havia conseguido desde a reforma eleitoral de 1996.

"Não estou saindo porque é difícil, estou saindo porque este trabalho envolve uma grande responsabilidade e não tenho energia suficiente para fazer-lhe justiça", explicou Ardern em entrevista coletiva, na qual destacou que sempre será o trabalho "mais bonito" de sua vida.


A primeira-ministra neozelandesa também esclareceu que não tem planos para quando deixar o cargo e que pretende aproveitar para passar mais tempo com a família, sem deixar de pensar em como continuar "ajudando a Nova Zelândia".

Além disso, ressaltou que não escolheu um sucessor, e nos próximos dias haverá uma votação dentro de seu partido para escolher um candidato, com a Nova Zelândia realizando eleições no próximo dia 14 de outubro.


Seu anúncio ocorre quando as pesquisas nos últimos meses dão ao opositor Partido Nacional uma pequena vantagem nas eleições.

Ardern se tornou a mulher mais jovem do mundo a liderar um país quando foi eleita primeira-ministra em 2017, aos 37 anos.


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Durante o seu mandato, a Nova Zelândia passou por inúmeros desafios, como a própria recordou hoje, como a pandemia de covid-19, o ataque a duas mesquitas em Christchurch em 2019, que deixou 51 mortos, e a erupção do vulcão White Island nesse mesmo ano.

"Eu sou humana, os políticos são pessoas. Para mim, chegou o momento", justificou Ardern, visivelmente emocionada, afirmando que o seu país está "em uma situação melhor" agora em várias áreas do que anos atrás, incluindo a luta contra a mudança climática.

"Você pode ser gentil e forte, e também ser o tipo de líder que sabe quando é hora de ir embora", argumentou.

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