Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, presidente do Egito
Hollie Adams/ EFE/ EPA/ 20.01.2020O Parlamento do Egito aprovou nesta segunda-feira (20) a prorrogação por mais três meses do estado de emergência, que está em vigor ininterruptamente desde abril de 2017, quando houve dois ataques brutais contra a minoria cristã, e que está sendo prolongada, apesar da diminuição da violência no país.
A agência de notícias oficial Mena informou que mais de dois terços dos deputados apoiaram a extensão do estado de emergência, decretado pelo presidente Abdul Fatah Al-Sisi.
A prorrogação entrará em vigor a partir do próximo dia 27, por um período de três meses, em todo o território nacional, de acordo com o decreto emitido pelo presidente e enviado ao Parlamento para aprovação.
O estado de emergência foi declarado pela primeira vez em abril de 2017, após dois ataques brutais a igrejas coptas no norte do Egito, que deixaram dezenas de mortos e foram reivindicadas pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Leia mais notícias sobre radicais islâmicos nos R7
No entanto, a Constituição egípcia apenas permite a extensão do estado de emergência por um período máximo de seis meses consecutivos, de modo que o Parlamento renova sua validade a cada três meses, deixando um intervalo de vários dias a cada seis meses para superar esse limite estabelecido pela Carta Magna.
As autoridades afirmam que as medidas excepcionais são necessárias para combater o terrorismo islâmico, tanto do ramo egípcio da EI como do grupo da Irmandade Muçulmana, que governou o Egito entre 2012 e 2013, e mais tarde foi declarado terrorista.