Rússia inclui empresa matriz do Facebook e do Instagram na lista de organizações terroristas

Em março, a Meta foi classificada como 'extremista' pelas autoridades russas, e as redes sociais foram bloqueada no país

11/10/2022 - 10h30 (Atualizado em 19/02/2024 - 20h41)

A Rússia classificou oficialmente o gigante americano Meta, empresa matriz do Facebook e do Instagram, como uma organização "terrorista e extremista", abrindo caminho para ações judiciais contra seus usuários.

A Meta foi incluída na lista de organizações "terroristas e extremistas" do serviço de vigilância financeira russo, observou a AFP nesta terça-feira (11), no portal desse órgão governamental.

Em março, um tribunal russo declarou a Meta "extremista", e suas duas principais redes sociais, o Instagram e o Facebook, foram bloqueadas na Rússia.

Em 10 de março, a Meta anunciou que as plataformas poderiam permitir publicações que incluíssem mensagens como "morte aos invasores russos", mas não ameaças críveis contra civis, embora mais tarde tenha esclarecido que isso se aplicaria apenas a usuários que publicassem a partir da Ucrânia.

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Desde março, os internautas não conseguem acessar o Instagram nem o Facebook na Rússia, razão pela qual muitos naquele país usam redes privadas virtuais (VPNs) para acessar as redes sociais.

O Instagram é muito popular na Rússia e costumava ser uma plataforma importante para publicidade e vendas. Bilhões de pessoas usam aplicativos da Meta em todo o mundo.

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A decisão do órgão russo põe a empresa americana no mesmo nível que grupos nacionalistas de extrema-direita, organizações terroristas estrangeiras e grupos de oposição à Rússia.

Diante de tensões políticas, soldados de EUA e Rússia posam juntos para fotos na Síria

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Tanto Washington como Moscou possuem tropas implantadas no território sírio. Ambos apoiam lados opostos da guerra, que ocorre no país desde 2011

A guerra da Rússia na Ucrânia desde fevereiro agravou as tensões geopolíticas com os EUA

Entretanto, as rotas das patrulhas americanas e russas se cruzaram no último sábado (8) de manhã. O encontro aconteceu em um campo de petróleo, perto da cidade de Al-Qahtaniyah, na província de Hasaca, no leste, segundo correspondentes da AFP

Não era a primeira vez que se cruzavam na região controlada pelos curdos. Entretanto, em vez de apenas passarem, desta vez os comboios pararam, e os soldados ficaram lado a lado enquanto conversavam e posavam para fotografias

Segundo os correspondentes, vários soldados trocaram pequenos "patches", emblemas feitos de remendo carregados em seus uniformes, como recordação da interação

Foi um "momento excepcional", disse Samuel Ramani, especialista em Síria. Ele acredita ser um sinal "de que a Rússia e os Estados Unidos ainda querem diminuir o conflito na Síria"

Grande opositor do regime sírio, Washington enviou em 2014 as primeiras tropas para o nordeste da Síria, como parte de uma coalizão para combater o grupo Estado Islâmico

As forças armadas russas, por sua parte, apoiam desde 2015 o governo do presidente Bashar al-Assad, mas não enviaram forças para o nordeste até 2019, após uma invasão turca contra os combatentes curdos

Os canais de desescalada do conflito seguem abertos desde 2015, para evitar qualquer confronto entre russos e americanos

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