A Procuradoria Geral da Rússia pediu ao órgão regulador de comunicações do país, Roscomnadzor, para que bloqueie o acesso à emissora de rádio Eco de Moscou e ao canal de televisão Dozhd, que são críticos em relação ao Kremlin, acusando-os de divulgarem "informações falsas" sobre a ofensiva militar na Ucrânia.
"Devido à publicação deliberada e sistemática nos sites de 'Eco de Moscou' e 'Dozhd' de apelos a ações extremistas, violência e informações falsas sobre as ações dos militares russos na operação especial [na Ucrânia], "exigimos que a Roscomnadzor limite o acesso a esses veículos de comunicação", disse a Procuradoria.
Tanto o Dozhd, declarado "agente estrangeiro" pelas autoridades russas, quanto a Eco de Moscou são conhecidos por sua postura crítica em relação ao Kremlin. O diretor da rádio, Alexei Venediktov, denunciou no Telegram que a emissora havia sido retirada do ar.
Russos contrários a guerra na Ucrânia também foram presos durante manifestações na última semana. Mais de 1.800 pessoas foram detidas por toda a Rússia até a última sexta-feira (25), algumas delas sem serem liberadas posteriormente pelas autoridades.
O embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, destacou em discurso que os ataques ao país é uma derrota democrática. "Se a Ucrânia não sobreviver, não nos surpreendamos se a democracia falhar. [...] Salve as Nações Unidas, salve a democracia e defenda os valores em que acreditamos", implorou a autoridade.